Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias > Diversidade

Imagem

PARANÁ NÃO ESTÁ PREPARADO PARA COMBATER DISCRIMINAÇÃO CONTRA POPULAÇÃO LGBTQIA+ NO MERCADO DE TRABALHO

Levantamento mostra índice preocupante sobre o preconceito contra pessoas LGBTQIA+ no ambiente de trabalho

Uma pesquisa realizada pela plataforma de RH Infojobs, e noticiada com exclusividade pelo G1, revela alguns resultados alarmantes quanto à discriminação de pessoas da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Quase 95% dos entrevistados afirmam existir “preconceitos velados” dentro da empresa em que trabalham e 67,3% declaram já ter sofrido algum tipo de preconceito em processos seletivos devido a sua orientação sexual ou identidade de gênero. Além disso, 82% disseram que nunca trabalharam em empresas com programas específicos para contratação de profissionais LGBTQIA+.

A pesquisa também aborda a natureza da motivação das empresas na contratação de pessoas LGBTQIA+. 57,6% dos entrevistados dizem que as iniciativas de diversidade parecem apenas tokenismo, ou seja, “discurso de marketing”. Só 7,6% creem na motivação genuína das empresas.

Segundo outro estudo, realizado pela consultoria Santo Caos, 65% dos profissionais LGBTQIA+ já sofreram discriminação no ambiente de trabalho. Para pessoas bissexuais, o índice se eleva para 72%. Quanto às pessoas transgênero, atinge desconcertantes 86%. Como consequência da discriminação, a renda de profissionais LGBTQIA+ é sensivelmente menor. O mesmo estudo aponta que 47% de trabalhadores membros da comunidade têm renda média inferior a quatro salários mínimos. Entre heterossexuais, são 36%.

Na realidade paranaense, as medidas e organizações para reverter esse quadro carecem ainda da necessária potência e expressividade. Embora conte com ações e programas de direitos humanos para LGBT’s, o Paraná, ao contrário de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não possui ainda um conselho de direitos dos LGBT’s, segundo dados do IBGE. Tampouco tem leis de Proteção aos direitos dos LGBT’s ou legislação que reconheça o nome social de travestis e transexuais. Esse cenário sinaliza a urgência de cobrar ativamente do governo estadual e de nossos representantes políticos a criação de normas jurídicas que facilitem a inserção da população LGBTQIA+ no mercado de trabalho. Mais do que isso, é preciso atuar, individual e coletivamente, de modo a produzir e intensificar uma cultura da aceitação à diversidade e uma prática constante do respeito ao outro.

Categorias:

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.