Descanse em paz, companheiro Lilico. Obrigado por tudo
Velório acontece nesta sexta-feira, 24 de maio, a partir das 8h30, e o sepultamento às 16h30, no cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais (Rodovia BR-376, Km 13,5, nº 12.619 - Ouro Fino)
Luto.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba perdeu nesta quinta-feira, 23 de maio, o companheiro de muitas lutas, diretor do SMC e metalúrgico da Volkswagen (São José dos Pinhais) Luiz Carlos Marochi, mais conhecido como Lilico, aos 62 anos.
Lilico inicio a profissão de metalúrgico em 1979, na extinta Inepar, anos depois ingressou na Volkswagen, foi diretor do Sindicato por 40 anos e fez parte das inúmeras mobilizações por melhores condições de trabalho e salários na montadora. Entre elas a histórica greve de 2011, que durou quase 40 dias.
Além das lutas no chão de fábrica, Lilico também era muito atuante nas atividades de integração do SMC, entre elas, o tradicional Campeonato Metalúrgico de Futebol, que coordenou por muitos anos.
O Campeonato aproximava os trabalhadores aos diretores sindicais em meio a ditadura militar e a pressão dos patrões e servia de canal para denunciar os problemas no chão de fábrica.
A participação de Lilico na história do Sindicato é relatada no livro Livro 100 anos de Lutas, Histórias do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, que conta a história da entidade. Segue um trecho.
Lilico, como é mais conhecido Luis Carlos Marochi, começou a trabalhar na área metalúrgica em 1979, quando foi contratado pela Inepar. Mais tarde ingressou na Volkswagen. Ele é um bom exemplo que a estratégia usada na época pela direção da entidade para se aproximar dos trabalhadores, deu certo. Conta que logo se associou a entidade e passou a frequentar o bar do keko, toda sexta-feira. “Era o ponto de encontro dos metalúrgicos e das metalúrgicas. Sexta-feira era sagrado. A gente ia para lá comer bolinho de carne, coxinha, carne de onça, tomar aquela cervejinha gelada”. Conta que tinha um grupo de amigos que davam apoio à ações do sindicato. “Eu, o Butka, Coca, Núncio e o Reginaldo éramos muito unidos. Não perdíamos um campeonato de futebol”. Mas o objetivo não era tanto pelo esporte, mas como uma oportunidade de falar, conversar com o trabalhador. “Era uma forma de unir o povo”. Ele revela que na porta de fábrica era difícil conversar muito com os trabalhadores. As informações importantes que o sindicato necessitava saber, como se a empresa estava pagando em dia, se estava pagando horas extras e sobre ambiente de trabalho, eram facilmente recebidas quando se tinha um dirigente sindical na empresa. “Quando não se tinha representantes na empresa, a gente buscava estas informações dos cipeiros, em nossos cursos. Mas era no futebol, no bar do keko que que encontrávamos mais gente. O cara aproveitava para falar nestes espaços, longe dos chefes e dos seguranças da empresa”.
Livro 100 anos de Lutas, Histórias do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
Lilico deixa a esposa, dois filhos e um neto.
O SMC lamenta profundamente a perda do companheiro Lilico e presta condolências aos familiares e amigos.
O velório de Lilico acontece nesta sexta-feira, 24 de maio, a partir das 8h30, e o sepultamento às 16h30, no cemitério Pedro Fuss, em São José dos Pinhais (Rodovia BR-376, Km 13,5, nº 12.619 - Ouro Fino).
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