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MEMÓRIA SINDICAL: EM 2011, TRABALHADORES DA VOLKSWAGEN CRUZARAM OS BRAÇOS POR  37 DIAS POR MAIS RESPEITO E VALORIZAÇÃO


 Em 2011, os trabalhadores da Volkswagen, de São José dos Pinhais,  realizaram uma das maiores mobilizações da história da montadora no mundo. A greve dos metalúrgicos começou no dia 05 de maio após a empresa divulgar que só ofereceria de PLR aos trabalhadores do Paraná 80% do que fosse pago em São Paulo. Desde o começo, a empresa se manteve inflexível em sua posição. O presidente da Volks no Brasil, Thomas Schamll, chegou a declarar em reportagem no jornal O Estado de S.Paulo que preferia a greve à negociar, postura que foi duramente criticada pelo governo, deputados e lideranças sindicais nacionais. Durante a greve, a montadora apresentou apenas duas propostas de negociação: uma reprovada em 31 de maio e a outra, aprovada dia 10 de junho.

A mobilização dos trabalhadores garantiu um pacotão salarial com o recebimento de R$ 21.680,00 de PLR, mais 15% a 20% de aumento salarial.

“A recordação da mobilização de 37 dias dos trabalhadores da Volkswagen em 2011 serve como exemplo e como reflexão. Se os trabalhadores tivessem baixado a cabeça na época, talvez hoje a PLR e salários poderiam estar num patamar mais baixo. Ou seja, foi uma mobilização que trás reflexos positivos ainda hoje. O que não se pode é para de lutar.  Parar de lutar é estagnar em salário e benefícios. Só avança quem luta” – recorda o presidente do SMC, Sérgio Butka. 
 
EFEITOS DA GREVE
Com 37 dias de greve a montadora deixou de produzir 22.990 veículos das marcas Fox, Crossfox e Golf. Segundo informações da própria Volks, o prejuízo foi superior a R$ 1,1 bilhão.

Com o prolongamento da greve o impacto nas concessionárias do país foram imediatos: diversas tiveram seu faturamento afetado pela falta de reposição dos carros produzidos pela montadora. No grupo Corujão, o prejuízo chegou a 12%. Além disso, os consumidores que já tinham pago seu veículo tiveram  que esperar para receber o automóvel até que a produção se normalizasse.

Além disso mais de 20 mil trabalhadores entre terceirizados, fornecedores e distribuidores foram indiretamente afetados pela mobilização, inclusive, com várias empresas dando férias coletivas a seus funcionários.
 
SOLIDARIEDADE NACIONAL E MUNDIAL
O apoio aos metalúrgicos da Volkswagen de São José dos Pinhais veio de várias partes do país e do mundo. Mensagens solidárias enviadas pelos trabalhadores das unidades do México e de Portugal foram lidas em assembleia. Dirigentes sindicais de vários países também manifestaram solidariedade e  apoio à luta no Paraná.               
 

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