Diretores do SMC estão em Catalão para apoiar a greve dos metalúrgicos da Mitsubishi
O diretores do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) Paulo Pissinini e Marcos Baclan estão em Catalão (GO) apoiando a greve dos trabalhadores da Mitsubishi. A paralisação dos trabalhadores já dura dois dias (antes disso, na quarta-feira já haviam parado como advertência) e se dá porque a empresa está tentando discutir o PLR dos metalúrgicos criando uma comissão de fábrica sem a presença do Sindicato da região (Simecat).
Apesar da greve ter sido declarada só agora, as mobilizações dessa negociação de PLR, reajuste salarial e outras melhorias para os metalúrgicos de Catalão está sendo negociada desde março e foi intensificada em agosto, quando a empresa tentou deixar o Simecat fora da negociação. A atual paralisação na produção da Mitsubishi ocorre menos de um ano após a última greve realizada, que também reivindicava um acordo coletivo decente.
Os trabalhadores representados pelo Sindicato da região seguem firmes na luta porque acreditam que o reajuste é justo e coerente com a realidade do momento, já que a carga de trabalho ficou mais intensa nos últimos meses, pois a produção de veículos aumentou e os postos de trabalho perdidos nas demissões em massa não foram repostos, deixando os atuais metalúrgicos sobrecarregados.
Paulo Pissinini, diretor do SMC que está acompanhando de perto o movimento dos trabalhadores em Catalão, destacou a importância da resistência dos metalúrgicos nesse momento, já que a empresa, além de não aceitar a proposta dos trabalhadores, tem tentado impor vários pontos da Reforma Trabalhista que ainda nem entrou em vigor, adiantando o que ainda está por vir para os trabalhadores brasileiros.
“Isso é mais uma prova e mais um resultado de que os empresários estão se unindo para tentar prejudicar os trabalhadores e o Sindicato com a desculpa de que o mercado não está bom e não reagiu, o que a realidade mostra que é falso”, explica Pissinini.
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