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Trabalhadores da Bosch entram em greve por Participação nos Lucros

Multinacional melhorou apenas R$ 200 em relação à proposta anterior, causando a paralisação de 4,6 mil trabalhadores da unidade de Cidade Industrial de Curitiba (CIC)
 
Os 4,6 mil trabalhadores da Bosch rejeitaram em assembleia na porta de fábrica na manhã desta sexta-feira (17) nova proposta de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) da empresa e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. O benefício apresentado pela Bosch previa uma PLR de R$ 4.800 para 100% das metas, valor apenas R$ 200 maior que o oferecido na 1ª proposta, que previa R$ 4.600 para 100% das metas. Além disso, a Bosch continuou tentando disfarçar a baixa proposta, oferecendo um valor de R$ 6 mil de PLR, no caso dos trabalhadores da fábrica atingirem 130% das metas, o que, em face ao histórico dos que já foi alcançado até hoje, é inatingível.

A proposta apresentada pela Bosch foi vaiada pelos trabalhadores na Assembleia (veja gravação de imagens com as vaias), antes de ser reprovada. Sendo assim, estão de braços cruzados os 3,6 mil do chão de fábrica e os mil do setor administrativo. Uma nova assembleia só será realizada na próxima segunda-feira (20), às 5h30 na porta de fábrica da empresa.

Os metalúrgicos da Bosch reivindicam uma PLR de R$ 9 mil, com adiantamento da 1ª parcela de R$ 5 mil. Os metalúrgicos apontam que empresas de porte bem menor já fecharam uma PLR bem superior ao valor oferecido pela multinacional. Alguns exemplos são a Seccional, empresa metalúrgica local, que com apenas 60 trabalhadores, fechou um acordo de PLR de R$ 8 mil para 100% das metas; da Cabs, que, também com 60 trabalhadores, irá pagar uma PLR de R$ 7 mil e da JTek, autopeças de São José dos Pinhais que, com 360 trabalhadores, fechou um acordo de PLR de R$ 6.411. Empresas do setor instaladas no PR e com o mesmo porte da Bosch - como Renault, Volvo e Volks - vêm fechando acordos de PLR na faixa R$ 12 mil a R$ 15 mil. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka, nos últimos anos a PLR da Bosch não foi reajustada proporcionalmente ao crescimento dos lucros da empresa. “Uma empresa que teve mais de R$ 4,5 bilhões de lucros no ano passado no Brasil tem condições de aumentar a PLR dos trabalhadores”.

A fábrica da Bosch, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, produz bombas injetoras para sistemas a diesel. A empresa possui mais três plantas no Brasil: duas em Campinas (SP) e uma em Aratu (BA), as quais empregam que empregam 6,6 mil trabalhadores. As unidades instaladas no país fabricam produtos e prestam serviços automotivos para montadoras e para o mercado de reposição, ferramentas elétricas, sistemas de segurança, termotecnologia, máquinas de embalagem e máquinas industriais. Em 2010, os lucros da Bosch mundial chegaram a R$ 118 bilhões.

Confira mais imagens da assembleia desta manhã e declaração do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba sobre a greve aqui.

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