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Investimento na Repar triplica e chega a R$ 9 bilhões

O aumento de preço dos insumos, dos equipamentos e dos serviços fez disparar o custo de modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. O projeto – o maior da história da refinaria, criada em 1977 – estava orçado inicialmente em R$ 3,36 bilhões, mas deve superar a marca de R$ 9 bilhões, segundo projeção da Petrobras, controladora da Repar.

A expansão prevê a construção de novas unidades para a produção de coque de petróleo, gasolina e diesel, propeno, solventes e hexano, além de aumentar em 10% a capacidade, de 32 milhões para 35 milhões de litros por dia de petróleo. “Sabíamos que o custo do projeto teria de ser reajustado, mas não nessa proporção. Foi uma surpresa encontrar um mercado tão forte para aço e equipamentos”, conta o gerente-geral da refinaria, João Adolfo Oderich.

A demanda mundial aquecida inflacionou o preço dos equipamentos, que subiram de 30% a 50%, mas há casos de produtos que ficaram até três vezes mais caros, segundo o executivo. O aço, que também é comprado pela companhia – principalmente aço-liga e inox –, também disparou e já subiu em média 40%.

O cenário levou a Petrobras a montar uma força-tarefa para buscar alternativas para conter a pressão de elevação de custos. Uma equipe estuda opções de importações de equipamentos de países como China e Índia e do Leste Europeu, que conseguem entrar no Brasil com preços baixos, graças também à desvalorização do dólar. “Tradicionalmente a Petrobras importa apenas máquinas que não têm similar no mercado nacional. Mas, com o cenário atual, se forem mais baratos e dentro das especificações das normas brasileiras, vamos importar”, diz o gerente de empreendimentos da Repar, Oscar Tokikawa.

A primeira das três caldeiras previstas no projeto de modernização, por exemplo, foi importada da Eslováquia, depois que a Petrobras não conseguiu atrair empresas nacionais para a licitação. “Simplesmente não houve interesse das empresas brasileiras. O projeto era considerado de pequeno porte (180 toneladas hora de vapor), o que pode ter sido um fator de desestímulo. Com um mercado aquecido, o fabricante escolhe para quem quer vender”, afirma o gerente. O sistema da caldeira, que entra em operação em setembro, foi orçado inicialmente em US$ 30 milhões, mas acabou saindo por US$ 53 milhões.

Segundo Tokikawa, a Petrobras reviu todo o planejamento estratégico e chegou a cogitar a postergação ou até mesmo o cancelamento de uma das unidades previstas. “O acréscimo no orçamento teve de ser submetido a uma nova avaliação técnica e econômica. Mas com base na rentabilidade, na projeção de preços futuros e no balanço da Repar a empresa resolveu manter o número de unidades”, afirma. Há registros também de atrasos nas entregas de equipamentos. A previsão inicial era concluir a modernização em 2011, mas a Petrobras já revisou esse prazo para 2012.
Fonte: Gazeta do Povo

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