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Com sensatez, governo pode "enfrentar recessão sem passar por desastre", diz economista

A economista Eliana Cardoso, professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirma que, diante das "desilusões", o risco agora é o de os governos adotarem novamente políticas que se mostraram equivocadas no passado. Ela defende que o governo Lula resista às pressões, para que não jogue fora políticas que deram "bons frutos", como câmbio flutuante, superávit primário e metas de inflação, em entrevista a Toni Sciarretta, na edição da Folha desta segunda-feira (a entrevista está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo ela, a partir de 2003 --período de aceleração do crescimento dos EUA-- o otimismo cresceu, uma vez que esse crescimento ocorreu com taxas de inflação muito baixas, "e isso refletido em risco muito baixo para os emergentes". "Havia essa ilusão de que nós estávamos livres dos ciclos de negócios. Se acontecesse alguma coisa, o governo tinha os instrumentos para lidar com isso", disse.

Na avaliação da professora da FGV, o Brasil está em uma situação muito melhor do que vários outros países. Embora China, EUA, Europa e Japão tenham instrumentos para lidar com a crise, "também têm um sistema político que não tem nenhuma flexibilidade para lidar com processos de barganha". "Desde que o governo mantenha a sensatez, o compromisso com um regime que vem dando bons frutos, que é o sistema de câmbio flexível, com meta de inflação e superávit primário, podemos enfrentar uma recessão sem passar por um desastre."

Na semana passada, o governo federal divulgou um pacote de incentivos fiscais para incentivar a economia, que já dá sinais de desaceleração devido à crise financeira global. Entre as principais mudanças anunciadas estavam a nova tabela do Imposto de Renda --com duas novas faixas de tributação--, a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para o consumo e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as montadoras.

IR

Com a correção prevista em lei de 4,5%, a nova tabela do Imposto de Renda prevê isenção para quem ganha até R$ 1.434; alíquota de 7,5% para quem ganha mais de R$ 1.434 até R$ 2.150; de 15% para quem ganha mais de R$ 2.150 até R$ 2.866, de 22,5% para quem ganha mais de R$ 2.866 até R$ 3.582 e de 27,5% para quem ganha mais de R$ 3.582.

A decisão de alterar a tabela de imposto de renda é definitiva (não tem prazo de vigência) e entrará em vigor por medida provisória, a partir de 1º de janeiro. A mudança na tabela do IR deixará mais R$ 4,9 bilhões no bolso dos contribuintes em 2009.

IOF

Também haverá redução de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pessoas físicas, de 3% para 1,5%, pelo período que o governo julgar necessário. O custo desta medida, segundo o governo, será de R$ 2,560 bilhões.

IPI

O governo também reduziu o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) até 31 de março de 2009 para a indústria automotiva. Os carros populares até 1.000 cilindradas (tanto álcool quanto gasolina) terão taxa zero (atualmente é de 7%), os de 1.000 cilindradas a 2.000 cilindradas, à gasolina, terão redução de 13% para 6,5%, e os flex ou álcool, de 11% para 5,5%. Carros acima de 2.000 cilindradas não têm alteração de alíquota.

Fonte: Folha Online

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