Centrais sindicais levam milhares às ruas por renda e emprego
As centrais sindicais organizam nesta sexta-feira (14), um dia de manifestações em todo o país na Jornada Nacional e Lutas. Em São Paulo, de acordo com número preliminares divulgados pelos organizadores, cerca de 25 mil participam de ato político na Avenida Paulista.
Na pauta estão questões como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim das demissões, defesa de direitos sociais, ratificação das convenções 151 (negociação coletiva no serviço público) e 158 (restringe demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), redução dos juros, defesa das empresas estatais e uma nova lei do petróleo, que garanta o uso das riquezas do pré-sal para impulsionar o desenvolvimento e a justiça social.
Para Artur Henrique Silva, presidente da CUT, , a crise econômica tem uma origem evidente: os neoliberais. "Temos de ter clareza de quem são nossos verdadeiros inimigos. Eles (os neoliberais) que privatizaram o patrimônio público, que desregulamentaram o mercado de trabalho, que defendiam que a liberdade dos mercados dariam conta das necessidades do país", afirmou.
A manifestação foi organizada, além da CUT, pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Também participaram o movimento estudantil e sociais, como o MST, que também realizou manifestações pela reforma agrária e fortalecimento dos assentamentos em todo o Brasil. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fez cinco atos em São Paulo e outros em seis estados.
Sudeste
Com início na Praça Oswaldo Cruz, a passeata em São Paulo foi até o vão livre do Masp, com paradas em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estadode São Paulo (Fiesp) e da Petrobras. Para Adi Lima, presidente da CUT-SP, os movimentos sociais não devem deixar de dialogar diretamente com a população.
"A melhor forma dos trabalhadores romperem o bloqueio dos meios de comunicação aos movimentos sociais, especialmente quando criticamos lideranças dos setores conservadores da sociedade, como o governador José Serra, que adota a privatização e o sucateamento do Estado como política pública é a manifestação popular", defendeu. "Vamos continuar ao lado do povo brasileiro na defesa de nossa soberania, da Petrobras e de outros patrimônios construídos com o suor da nossa gente."
Fonte: Brasil Atual