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Presidente mundial de multinacional é indiciado por fraude

Três dias depois da prisão temporária de três executivos da Pelzer de Taubaté, a 130 km de São Paulo, nesta segunda-feira (10), foi a vez do presidente mundial da empresa, Martins Kusmann, e Michael Linde, do Banco Goldman Sachs, serem indiciados por formação de quadrilha e fraude no setor de auto-peças. Eles também seriam suspeitos de encomendar a morte de um gerente da mesma empresa.

O nome de Toshio Nakamoto aparece em gravações telefônicas – ainda não analisadas -, entregues à polícia por um homem que teria sido procurado por executivos da multinacional para intermediar o assassinato do gerente. O próprio Nakamoto seria o alvo, pois ele teria descoberto uma fraude na matéria-prima utilizada na fabricação de auto-peças. Caberia a um intermediário encontrar um matador de aluguel que executasse o crime.

“Ele nos disse que o único motivo que acreditava que poderia estar sendo vítima dessa armação, seria em razão da matéria-prima utilizada pela empresa na fabricação dos seus produtos”, disse o delegado Marcelo Duarte Ribeiro.

A polícia investiga agora se a Pelzer, empresa que produz e fornece auto-peças a grandes montadoras, especialmente à Volkswagen, estaria usando matéria-prima barata e de baixa qualidade na confecção de pára-choques. Segundo a denúncia, a empresa conseguia reduzir seus custos usando o material fora das especificações, mas cobrava o mesmo preço da cliente.

“Onde se caracteriza em tese o crime? No prejuízo que a Volks estava sofrendo. Então, a Volkswagen estava contratando um produto por um valor determinado, caro e, na realidade, estava recebendo um produto inferior e colocando esse produto no mercado”, explica Ribeiro.

Na última sexta-feira (7), o presidente, o vice-presidente e o diretor financeiro da Pelzer foram presos e indiciados por formação de quadrilha e estelionato. Os três já estão em liberdade.

A polícia, porém, acredita que haja mais gente envolvida.

"Essas pessoas (Martins Kusmann e Michael Linde) também participaram de uma reunião em um hotel em São Paulo. Por isso, nós também pedimos a prisão temporária deles e eles também responderão pelo crime", disse o delegado Ribeiro.

A matéria-prima supostamente adulterada foi apreendida e enviada nesta segunda-feira ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e ao Instituto de Criminalística (IC), em São Paulo. A perícia que vai atestar a qualidade do material usado nos pára-choques deve ficar pronta em 30 dias. No entanto, já se sabe que a Pelzer vinha usando matéria-prima de um fornecedor não-homologado pela Volkswagen.

Enquanto as investigações prosseguem, Nakamoto tenta se proteger. “Não dá pra você conseguir supor, imaginar, que um ser humano possa fazer isso. Ainda mais executivos de uma empresa”, disse ele.

Por telefone, o presidente mundial da Pelzer, Martin Kusmann, desmentiu as acusações e disse que as informações foram plantadas por competidores do mercado. Já Michael Lince, do Goldman Sachs, não foi encontrado para comentar as acusações. A Volkswagen não quis se manifestar.

Fonte: G1/globo.com

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