Pelos estudos do BNDES, o projeto do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro deverá criar 72 mil empregos diretos e indiretos, afirmou o assessor da presidência do órgão, Paulo Lins.

Segundo ele, na fase de obras deverão ser criados 12 mil postos. E nos 30 anos de operação, outros 60 mil.

O banco vai financiar até R$ 19,9 bilhões do projeto e poderá reduzir juro e aumentar prazo de pagamento, caso a demanda de passageiros prevista não seja alcançada.

O governo só não vai assumir o risco da obra custar mais que o previsto. De acordo com Bernardo Figueiredo, presidente da ANTT (Agência Reguladora de Transportes Terrestres), os consórcios terão que apresentar o traçado com os custos na proposta do leilão. Caso a obra custe mais que eles estimem, o prejuízo terá que sair da taxa de retorno do negócio.

Segundo o TCU, os estudos geológicos feitos até agora não são capazes de estimar o custo da obra e os interessados não terão tempo adequado para fazê-los até o leilão.

Entre as nove estações obrigatórias, o edital vai prever a estação de Aparecida do Norte, em São Paulo.

PRAZO

O consórcio que vencer a licitação do trem-bala terá seis anos para fazer o trecho completo, entre Rio, São Paulo e Campinas. Mas, de acordo com o presidente da ANTT, o vencedor poderá entregar para funcionamento trechos da obra antecipadamente.

Com isso, seria possível, segundo ele, construir algum trecho para a Copa do Mundo de 2014, como Campinas/São Paulo. As obras devem começar um ano após o leilão, marcado para 16 de dezembro deste ano.

Empresários e ministros acompanham nesta terça-feira o lançamento do edital, em solenidade no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede provisória do governo.

Quem vencer o leilão terá o governo como sócio do empreendimento por meio de uma empresa pública, chamada ETAV. O projeto de lei que cria a nova estatal será enviado ao Congresso amanhã.

Fonte: Folha Online