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Em ata, Copom sinaliza aumento de juros para conter inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) está pronto para agir caso a trajetória da inflação ameace o descumprimento da meta, apontou a ata da última reunião nesta quinta-feira (31), deixando a porta aberta para que o juro básico brasileiro possa ser elevado pela primeira vez em mais de dois anos e meio. Segundo o documento, a prudência passa a ter "papel ainda mais importante" neste momento.

"Mesmo considerando que, no momento, a manutenção da taxa básica de juros é a decisão mais adequada, o comitê reitera que está pronto para adotar uma postura diferente, por meio do ajuste dos instrumentos de política monetária, caso venha a se consolidar um cenário de divergência entre a inflação projetada e a trajetória das metas", apontou o documento.

"A prudência passa a ter papel ainda mais importante, nesse processo, em momentos como o atual, caracterizado pela deterioração do balanço dos riscos inflacionários."

Esse trecho é diferente do que consta no mesmo parágrafo da ata anterior, de dezembro de 2007, na qual os diretores do BC citavam que a deterioração do balanço dos riscos inflacionários "reduz sensivelmente a margem de segurança da política monetária".

Em sua última reunião, o Copom manteve os juros em 11,25% ao ano, como já havia feito nas duas reuniões anteriores. O próximo encontro do comitê ocorrerá nos dias 4 e 5 de março.

O juro básico foi elevado pela última vez em maio de 2005. A partir daí, a Selic teve o mais longo período de cortes já visto, que durou até outubro do ano passado – mês em que passou a ser mantida nos atuais 11,25 por cento ao ano.

Preços

Utilizando o cenário de referência, que leva em conta a atual Selic de 11,25% e dólar a R$ 1,75, "a projeção para o IPCA em 2008 elevou-se sensivelmente em relação ao valor considerado na reunião de dezembro" e agora se encontra em torno da meta central de 4,5%.

A contribuição positiva do setor externo no cenário inflacionário está diminuindo, destaca a ata da reunião de janeiro do Copom. No documento, os diretores do BC citam que "a contribuição do setor externo para um cenário inflacionário benigno, diante do forte ritmo de expansão da demanda doméstica, parece estar se tornando menos efetiva, em um momento no qual os efeitos do investimento sobre a capacidade produtiva da economia ainda precisam se consolidar".

Diante da menor contribuição externa e na espera pelos efeitos do investimento em produção, a ata destaca que "cabe à política monetária manter-se especialmente vigilante para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos". O documento observa que "a demanda doméstica continua se expandindo a taxas robustas" e que isso tem sustentado o "dinamismo da atividade econômica, inclusive em setores pouco expostos à competição externa".

O conjunto dos preços administrados por contrato deve ter alta de 4,2% em 2008, prevê o Copom na ata da reunião de janeir. No Relatório de Inflação de dezembro, a projeção era de aumento de 4,5%, recordou o Banco Central (BC) na ata. Esses são os preços de serviços públicos monitorados pelo governo, como tarifas de telefone e energia.

Também está previsto reajuste de 4,2% nos itens administrados por contrato para 2009, percentual considerado no último Relatório de Inflação.

Ainda sobre este ano, o comitê estima elevação de 3,4% para as tarifas residenciais de eletricidade. A tarifa de telefonia fixa, por sua vez, deve subir 3,5% em 2008

Fonte: DIAP

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