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Crédito impulsiona venda de carros

Comprar um automóvel está muito mais fácil. O poder aquisitivo, a facilidade ao crédito e as formas de pagamento tornaram a indústria automotiva um dos segmentos de maior crescimento no ano passado. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta semana, somente no Paraná o setor de veículos automotores registrou aumento na produção industrial de 27,5%, no período entre janeiro e outubro de 2007. Nas vendas no comércio varejista do Estado, o segmento veículos, motos e partes teve crescimento de 26,1% no mesmo período. 

Existe uma enorme demanda. E os carros que ainda estão nas concessionárias e nas lojas apenas esperam seus donos, que aparecem em pouco tempo. A funcionária pública Roselina Gomes de Souza aproveitou este momento para trocar de carro. Comprou um automóvel zero quilômetro e deu o carro usado para o filho. “Apesar de já estar planejando fazer isso, a gente aproveitou”, comenta.

Prova do fenômeno da compra do carro em todo o País é o movimento e o número de vendas em janeiro, mês que normalmente é parado, pois a prioridade da maioria das pessoas é pagar contas e tributos comuns no início do ano. “Antigamente, existia uma sazonalidade na compra de veículos. O que temos percebido é que, de uns dois anos para cá, esta sazonalidade tem diminuído, especialmente a partir do segundo semestre do ano passado. A gente pode dizer que hoje essa sazonalidade acabou”, comenta Luís Antônio Sebben, diretor regional da seccional Paraná da Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave), presidente do Sindicato das Concessionárias de Veículos do Paraná e diretor-superintendente da Slaviero Veículos.

Dados da Fenabrave indicam que 43% das pessoas que compraram automóvel no último ano fizeram a aquisição de um carro zero quilômetro pela primeira vez. Além disso, para cada veículo novo emplacado no Paraná, outros quatro semi-novos trocaram de mão. De acordo com Sebben, será difícil um desempenho como o de 2007. Mas a expectativa para 2008 é excelente: crescimento de 13%, ou 2,8 milhões de automóveis vendidos neste ano. “Muita gente está acreditando na economia brasileira, em uma renda melhor e também nas condições oferecidas para pagamento, com taxas interessantes. As compras estão cabendo no bolso”, avalia.

O aquecimento forte no consumo força a espera para o recebimento do veículo. Isto está aliado à programação das indústrias para a fabricação dos automóveis. “Hoje, não se consegue fazer mais estoques. Também é mais barato ir trabalhando com a demanda. Mas aquela história de filas longas também não é verdade. Isto só existe para alguns modelos com alguns itens específicos. Hoje, os clientes já trabalham com a entrega programada. Demora entre 15 e 30 dias para receber o veículo”, afirma Sebben.

Alta do IOF acaba estimulando consórcios

A grande demanda por veículos impulsionou também a procura por consórcios de automóveis, inclusive no mês de janeiro. Segundo as empresas administradoras de consórcios, um fator que também ajuda o setor o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Este tributo incide diretamente sobre os financiamentos de veículos, o que acaba influenciando os consumidores a optarem pelo consórcio, segundo Joana D’arc Malaquias, gerente de vendas da Gulin Administradora de Consórcios. “Quem compra consórcio pensa em valorizar o seu capital. Programa uma compra futura e não gosta do financiamento. O aumento do IOF acaba ajudando o setor dos consórcios. A procura tem sido grandes desde o anúncio das mudanças no tributo”, explica. De acordo com ela, o crescimento na venda de consórcios atingiu os 10% e há uma boa expectativa para 2008. No entanto, o diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anafec), Andrew Frank Storser, não acredita que as vendas de consórcios vão aumentar por causa do IOF. “Os juros são mais altos nos financiamentos. O consórcio não tem juros, mas tem a taxa de administração. Além disso, os juros estão caindo nos financiamentos de automóveis. Especificamente sobre o IOF, a alíquota acaba sendo distribuída conforme o tamanho do financiamento, o que não pesa tanto no bolso”, analisa.

Fonte: Paraná Online

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