Funcionários de vigilância privada que trabalham no transporte de valores de todo o Paraná estão em greve desde a zero hora de hoje. A paralisação pode afetar o funcionamento das agências bancárias, que não teriam a reposição de dinheiro dos carros-fortes. Os funcionários pedem reajuste do INPC mais aumento real de 5%, aumento de vale alimentação e o fim da compensação de horas extras. “Nos obrigam a transportar 13 horas excessivas”, disse o presidente do Sindicatos dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindvigilantes), João Soares. São cerca de 1.300 vigilantes no setor em todo o Paraná.

Hoje pela manhã, os vigilantes que atuam no setor patrimonial se reúnem na Praça Santos Andrade para uma assembléia, que também pode decidir pela paralisação. Se a greve for decretada, eles acreditam que as agências bancárias terão que fechar as portas. Os vigilantes patrimoniais pedem o índice do INPC com acréscimo de 5% real, 10% do salário para risco de vida e vale alimentação R$ 11.

Já o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp) protocolou no Ministério Público do Trabalho pedido para garantir à população os serviços essenciais em todo o Estado, em virtude da greve anunciada. Na carta também enviada aos sindicatos dos vigilantes de todo o Estado, fica esclarecido que o processo de negociação quanto aos reajustes estão sendo realizados e, portanto, uma greve neste momento é inadequada.

Com a fiscalização do Ministério Público, o Sindesp espera garantir o funcionamento de pelo menos algumas agências bancárias dentro do período de greve. Pela legislação, sem a proteção de vigilantes nas agências não é permitido seu funcionamento.

Segundo o Sindivigilantes, os patrões oferecem 6% de aumento e o fim da compensação das horas que excederem as oito horas diárias para os vigilantes de transporte de valores, e um piso salarial de R$ 890 mais adicional de risco de vida de R$ 67 e vale alimentação no valor de R$ 10 para os patrimoniais.

Fonte: Jornal do Estado