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Fenabrave espera melhor agosto da história e IPI reduzido até o fim do ano

Com 176.379 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados nos primeiros 11 dias úteis deste mês, a Fenabrave já projeta o melhor agosto da história, com cerca de 380 mil veículos vendidos. Flávio Meneghetti, presidente da entidade que reúne as concessionárias do País, avalia que o mercado vem respondendo bem às medidas de incentivo ao consumo adotadas desde maio – e por isso ele confia que o governo vai prorrogar o desconto do IPI até o fim do ano.
 
“O crescimento foi forte e impulsionado pela redução de juros, impostos e preços. O governo sabe disso, porque temos levado esses números lá a pedido deles. Foi criado um ciclo virtuoso para o setor e o governo deve preservar isso”, avaliou Meneghetti. Para o dirigente, não fosse a retomada das fábricas de automóveis, o nível de atividade industrial poderia ter caído mais do que 2%: “Acredito que o recuso poderia ter ficado em 3%. O que é muito ruim para o País.”

Apostando na manutenção do corte de IPI e nas condições de crédito, Meneghetti projeta crescimento de 5% este ano no mercado de veículos, para além de 3,8 milhões de unidades. Automóveis e comerciais leves puxam as vendas para cima com avanço de 5,5% a 6% – no acumulado de janeiro até a primeira metade útil de agosto, a alta é de 4,26%, com 2,06 milhões vendidos.

Já caminhões e ônibus devem fechar 2012 com desempenho negativo maior que 10% – o recuo é de 18,2% até agora, com 126,8 mil vendas. “Para caminhões não adianta só crédito barato, é preciso acontecer a retomada da atividade econômica no País. Mas se não fosse a redução dos juros do PSI/Finame (para 5,5% ao ano), a situação certamente seria pior”, destacou.

CRÉDITO DESIGUAL

Meneghetti diz que a redução de 8% a 10% nos preços dos carros, com descontos dos fabricantes e corte de IPI, aliada à queda dos juros dos financiamentos, são fatores que criaram ambiente favorável à compra de veículos leves, com maior disposição dos bancos em emprestar. “Houve redução média de 14% no valor das parcelas, o que permitiu a muitas famílias encaixar a prestação na renda e assim voltar a tomar crédito”, afirmou, lembrando que atualmente de 50% a 55% das fichas cadastrais são aprovadas, contra menos de 40% antes de maio.

“Aquelas condições de financiamentos de 60 meses sem entrada criaram um mercado irreal. Mas muitas daquelas famílias estão quitando seus débitos e voltando ao mercado, reduzindo as taxas de inadimplência”, avaliou o presidente da Fenabrave. “É inegável que hoje o contingente de clientes é menor, mas calcula-se que existem 18 milhões de famílias sem carros no País que podem vir ao mercado se essas medidas pontuais se transformarem em política de governo. A desoneração prova isso, pois criou um ciclo virtuoso de consumo”, defendeu.

O dirigente alertou, no entanto, que é preciso fazer o crédito chegar também aos setores de motos e veículos usados, onde a escassez de financiamentos está afogando o mercado. “Pedi pessoalmente ao presidente do Banco Central (Alexandre Tombini, que esteve na abertura do Congresso Fenabrave na sexta-feira, 17) que olhe com carinho para esses dois setores”, disse Meneghetti. “Aguardamos a liberação de mais recursos para o crédito desses setores Conversamos sobre isso com o governo e também com a Caixa Econômica Federal, que comprou o Panamericano, um dos principais financiadores do segmento. Precisamos criar o mesmo ciclo virtuoso que acontece para os carros.”

“A situação do mercado de motos é grave, principalmente para modelos de entrada. Várias pequenas concessionárias estão fechando”, afirmou Meneghetti. No acumulado deste ano, de janeiro à primeira metade de agosto, as vendas de motos já caíram 9,3% contra o mesmo período do ano passado, para 1,05 milhão de unidades emplacadas.
No caso das revendas de veículos usados, o presidente da Fenabrave disse ter recebido a informação que apenas 30% das fichas de financiamento são aprovadas e, com isso, 4,5 mil lojas já teriam fechado, segundo dados da Fenauto, entidade que reúne os revendedores.
 
QUINZENA

Na primeira quinzena de agosto, os 169.859 automóveis e comerciais leves emplacados significaram leve recuo de 0,45% em comparação com o mesmo intervalo de julho, mas alta de 21,5% em relação aos primeiros 15 dias de agosto de 2011. Meneghetti disse que não há explicação clara para a pequena retração sobre o mês passado: “Realmente não sei, talvez os jogos finais das Olimpíadas tenham feito as pessoas ficarem em casa. Mas nos últimos dias o movimento de vendas já começou a crescer forte de novo.”

Com caminhões e ônibus aconteceu movimento inverso: as vendas avançaram 1,65% na primeira quinzena de agosto sobre idêntico intervalo de julho, enquanto na comparação com a primeira metade do mesmo mês de 2011 o tombo foi forte, com retração de 30,3%, refletindo ainda as antecipações de compra do ano passado – causada pela adoção da nova legislação de emissões do Proconve P7, que elevou os preços dos veículos equipados com a tecnologia Euro 5 de 8% a 15% – e pelo desaquecimento da economia. Assim, caminhões mais caros e PIB mais lento jogam os negócios para baixo. “Também é preciso lembrar que houve frustração de safra no sul do País e assim a frota foi redirecionada para o norte e não foi preciso comprar mais caminhões”, disse Meneghetti.

Fonte: Automotive Business
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