Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Terminais de ônibus da RMC têm estrutura precária

Andar de ônibus nas cidades da Região Metropolitana de Curitiba tem sido um desafio para muita gente. O grande problema começa nos terminais, cuja grande maioria não oferece condições para os usuários. Em locais como Colombo e São José dos Pinhais, os passageiros disputam o espaço com lixo e cachorros. Em Curitiba, a falta de segurança é a principal reclamação. Promessas de obras e melhorias são feitas, mas não saem do papel.

O terminal do Alto Maracanã, em Colombo, está em obras há cerca de dois anos - não foi concluído ainda por problemas com as empreiteiras -, e o embarque e desembarque de passageiros ficou concentrado em apenas um corredor. “Quando chove, isso aqui alaga e o povo não tem para onde ir”, reclama o aposentado Rubens Schu, que acrescenta que, como não existe espaço suficiente para a circulação, nos horários de maior movimento, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção são levados pela multidão apressada.

A situação foi confirmada pela dona de casa Emidia Lara, que lembra com tristeza do dia em que foi empurrada. “Eu tentava pegar o ligeirinho e fui empurrada na rampa. Por pouco não quebrei a perna”, disse. Aliado a falta de espaço, os banheiros no terminal improvisado foram instalados em contêineres, que estão pichados e sem a menor condição de uso. Latões de lixo abertos, rodeados por mosca e abelhas, também compõe o cenário. E para piorar a situação, uma cadela deu cria a 12 cachorros no meio do local, entre os ônibus e passageiros. “Vivemos em condições piores que as dos bichos”, compara a zeladora Nerli Martins.

Briga

E para aumentar a indignação da população de Colombo, a uma quadra do terminal do Maracanã foi construído um novo terminal, o Metropolitano do Guaraituba. A obra está concluída, mas abandonada. O mesmo acontece na região da Roça Grande, onde existe um terminal novinho em folha, mas também sem uso. A utilização dos terminais estaria condicionada a um entendimento entre a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) e a Empresa de Urbanização de Curitiba (Urbs), que parece, está longe de acontecer, pois envolve questão financeiras.

Em Almirante Tamandaré, a população também aguarda a construção de um novo terminal. O Cachoeira ficou pequeno para o número de usuários, que também sofrem com a deterioração do local. A dona de casa Isabel Cristina Araújo reclama que não existem muitas opções de horários de ônibus para Curitiba. Às vezes precisa esperar mais de uma hora para embarcar. “Tem muito atraso e, quando o ônibus vem, já está lotado”, falou.

Em São José dos Pinhais, a falta de condições do terminal central também gera reclamações. Aliado a isso, existe a falta de horários de ônibus e a segurança. O chacareiro Marcos Kregenski afirma que em dias de chuva não existe lugar para se esconder. “Chove mais aqui dentro do que lá fora”, brinca.

Guadalupe tem outro projeto

Transferir o terminal do Guadalupe, em Curitiba, para outro local e transforma-lo em um espaço para a realização de eventos. Esse era o projeto para o terminal em 2005. Era. Em 2008, a proposta do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) é realizar apenas ações pontuais para melhorar a estrutura do ponto.

A supervisora de planejamento do Ippuc, Célia Bin, disse que o antigo projeto tinha restrições dos usuários e comerciantes do local. E como ainda não existe um estudo definitivo para o terminal, serão realizadas três intervenções: reforma dos sanitários, melhoria do telhado e instalação de câmeras de segurança. Essas obras ainda estão em fase de licitação.

De acordo com Célia, as melhorias foram definidas em conjunto com comerciantes do entorno, freqüentadores e associação do comércio local. Com a implantação do metrô em Curitiba, ela acredita que o terminal passará por mudanças mais significativas. (RO)

E lá se vão R$ 120 milhões

Dos 26 municípios que compõe a RMC, 13 estão integrados com a capital. A média de passageiros transportados por mês passa de 8 milhões nos sistemas integrados ou não.

O crescimento populacional e a distância entre os municípios estão entre os fatores apontados como motivos do estrangulamento do setor.

O responsável pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Alcidino Bitencourt Pereira, prometeu há três anos um investimento de R$ 120 milhões no Programa de Integração de Transporte.

Até agora, apenas parte disso foi aplicado, mas ele insiste em afirmar que “tudo está em processo”. A conclusão do terminal do Alto Maracanã, promete, sairá em 60 dias.

Já o Guaraituba e o Roça Grande, depois de resolvidos problemas de acesso, têm ainda o impasse com a Urbs. O novo terminal de Fazenda Rio Grande está em fase de licitação; e os de São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré e Campo Largo em fase de conclusão de projetos.

Os próximos seriam de Rio Branco do Sul, Tunas, Campina Grande do Sul, Contenda e Itaperuçu.

A Urbs não aceita ampliar as linhas sem que se chegue a um acordo sobre os valores cobrados pelo quilômetro rodado. Cobra também a promessa do governo do Estado, em 2005, de desonerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do óleo diesel, que representa um quarto do custo da tarifa.

O presidente do Instituto de Planejamento de São José dos Pinhais, Luiz Gastão Ribeiro, confirmou que, em parceira com a Comec, construirão um novo terminal central. Além disso, a Prefeitura irá substituir o Terminal Afonso Pena.

As áreas para tanto já foram desapropriadas. Eles aguardam agora a conclusão de projetos e processo de licitação.

Fonte: Paraná Online

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.