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Movimentos sociais do Mercosul dizem que integração não pode ser só comercial

De nada adianta uma integração baseada apenas em interesses comerciais. Essa é a visão de movimentos sociais do Mercosul reunidos na Cúpula dos Povos pela Soberania e pela Integração Sul-americana, Todos os povos, Toda a Esperança.

O evento ocorre na capital uruguaia, paralelamente à Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. Uma das críticas é a falta de avanços em temas trabalhistas.

A sociedade civil organizada reclama da impossibilidade de livre circulaçãode trabalhadores e da falta de uma legislação trabalhista comum entre os países do bloco.

"As discussões terminam sendo sobre uma papeleira ou outra coisa quando, na realidade devemos, discutir que modelo queremos para a América do Sul. É nisso que não avançamos", avalia Pablo Khalil, da Central de Trabalhadores do Uruguai (PIT-CNT).

Outra queixa é a falta de um canal institucionalizado de partipação da sociedade civl nas negocições do bloco.

"O famoso Mercosul Social foi uma bonita etiqueta. O movimento sindical com a particpação massiva, os movimento sociais indígenas, os movimntos anti-globalização, organizações cooperativas, nada disso particpa diretamente no Mercosul Social", diz Khalil. "Nâo há efetivamente um Mercosul do ponto de vista social, que trabalahe sobre todas as populações de todos os países e sobre a participação das organizações sociais dos países. O Mercosul tem que ser mais participativo, democrático e  produtivo. Essas são as grandes críticas".

Rosilene Wancetto, da rede Jubileu Sul- Brasil, defende que os governos discutam com a sociedade civil quais são as alternativas de integração que de fato interessam aos povos.

"Quando se fala em Mercosul, precisamos falar de migração, de trabalho e de vários outros aspectos que não apenas o comercial".

Pablo Herrero, do movimento argentino Diálogo 2000 (integrante da Aliança Social Continental), destaca como tema fundamental a redução das desigualdades entre os sócios do bloco.

"Para a verdadeira integração, de e para os povos, não podemos reproduzir no bloco parâmetros neoliberais que combatemos desde a década de 90".

Segundo ele, há um desencontro entre a proposta de integração dos movimentos sociais e aquela que vem sendo discutida pelos governos.

"Acreditamos que é importante a integração, mas não a integração entendida como algo unicamente financeiro e econômico. Estamos falando de uma integração cultural, social, ambiental e econômica no sentido mais amplo da palavra. A integração que propomos parte de um diálogo entre povos irmãos a partir das diferenças, mas encontrando caminhos de consenso e unidade".

Na última sexta-feira (14), os movimentos sociais apresentaram suas preocupações e fizeram um balanço do processo de integração e em encontro com a presidência Pro-Tempore do Mercocul, a comissão de Representantes Permanentes e parlamentares do bloco.

Fonte: Agência Brasil

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