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Inflação derruba confiança do consumidor em junho

O avanço da inflação derrubou o humor do consumidor em junho, revelou nesta quarta-feira (25) pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do mês caiu 6,5%. Em maio, havia subido 2%. Segundo a fundação, a recente disparada de preços aumentou a incerteza quanto ao futuro da economia. Essa preocupação foi mais visível entre os consumidores de São Paulo, que registraram a queda mais intensa de confiança, entre as sete capitais pesquisadas para cálculo do índice.

"Somente em São Paulo, houve queda de 9,3% no ICC", afirmou o coordenador de Sondagens Conjunturais da FGV, Aloísio Campelo. Segundo ele, em junho, houve piora no cenário nacional, tanto nas avaliações do consumidor sobre a sua situação atual quanto para as expectativas em relação aos próximos meses. Mas foram as projeções para o futuro que mais puxaram para baixo o resultado do índice. "Aparentemente, a inflação está gerando uma deterioração nas expectativas dos consumidores para os próximos meses", explicou.

O ICC é dividido em dois sub-indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que caiu 6,3% em junho, em comparação com a alta de 2,6% em maio, e o Índice de Expectativas (IE), que apurou queda de 6,6% em junho, ante aumento de 1,6% em maio. Para cálculo do resultado, foi utilizada amostra de mais de 2.000 domicílios, com entrevistas entre os dias 2 e 20 desse mês.

Em junho, a projeção de inflação do consumidor para os próximos 12 meses ficou em 7,1%, a maior em quase dois anos. Na análise do economista da fundação, a preocupação do consumidor é de que o avanço da inflação possa comprometer a sustentabilidade do processo de crescimento econômico, gerando aumentos mais intensos de juros, para conter o avanço da inflação.

O consumidor teme ainda que uma possível desaceleração na economia possa conduzir a uma piora no mercado de trabalho. "Pela primeira vez este ano, em junho, houve sinal de deterioração na avaliação do consumidor, em relação do mercado de trabalho" alertou o economista. De maio para junho, subiu de 69,1% para 74,5% o porcentual de entrevistados que apostam em maior dificuldade na procura por emprego, nos próximos meses.

Na análise por rendimento do consumidor, houve quedas de confiança em todas as quatro faixas de renda pesquisadas pela fundação para o cálculo do ICC, em junho. "O quadro da confiança do consumidor não está tão ruim quanto em outros países. Houve uma piora sim, em junho, mas falar em pessimismo generalizado é algo muito forte", ressaltou Campelo.

Compras - O consumidor também está mais cauteloso em suas projeções de compras para os próximos meses. De maio para junho, subiu de 24,9% para 29,2% a fatia de entrevistados que estimam comprar quantidade menor de bens duráveis, nos próximos meses.

A expectativa de juros altos no segundo semestre contribuiu para a redução no interesse por compras. De acordo com a FGV, 57,1% dos entrevistados para cálculo do ICC em junho apostam que os juros vão continuar a subir, nos próximos meses - o mais elevado porcentual da série histórica dessa pergunta, iniciada em setembro de 2005.
Fonte: Agência Estado

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