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Sobe número de mortes em acidente de trabalho

O salvamento de um trabalhador em queda do edíficio Estação Embratel Convention Center, no Centro da cidade — simulado —, abriu a 11ª Prevensul (Feira e Seminário de Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho) e a 8ª Mercofire (Feira de Segurança Contra Incêndio do Mercosul). A operação, montada à 14 horas, foi o modo como os organizadores encontraram para chamar a atenção para o avanço de 18,44% no número de mortes de trabalhadores ocorrido em acidentes durante o desempenho das atividades profissionais.

Foram 244 mortes, em 2006, frente às 206 registradas no ano anterior, segundo as informações do Anuário Brasileiro de Proteção 2008, a ser lançado na feira, e que retrata a realidade dos trabalhadores brasileiros com base nos dados do Ministério da Previdência Social. Das 244 mortes, 66 foram imediatas e as demais, por complicações devido aos acidentes ocorridos no desempenho da função profissional.
No total, o Estado registrou 36.995 acidentes de trabalho, sendo que 4.951 ocorreram enquando o trabalhador se dirigia ao trabalho ou retornava para a casa — os chamados acidente de trajeto.

A indústria liderou como o segmento onde foram registrados os maiores número de mortes, com 60 óbitos. Em seguida, comércio e veículos (58), transporte, armazenagem e comunicações (41) e serviços prestados (23). A indústria da construção civil, ao contrário de outros anos, registrou 15 mortes.

Ainda segundo os organizadores dos eventos, quando a análise dos acidentes e mortes no trabalho é ampliada para o fim da década de 90 — período em que se começou a fazer a compilação sistemática dos dados — os números são ainda mais assustadores. No Paraná, o volume de acidentes de trabalho vinha caindo sistematicamente até o final da década de 90. A partir da virada do milênio, o levantamento oficial mostra que foram 36.995 acidentes em 2006, para um total de 2.251.290 trabalhadores, quando em 1990 foram 50.336 acidentes, para 1.290.406 trabalhadores registrados.
Abertas ontem, as mostras terminam nesta sexta-feira. Nos três dias de feira serão realizados além da mostra técnica que reúne equipamentos, produtos e serviços relacionados ao segmento de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), prevenção e combate a incêndios e meio ambiente, 10 workshops e uma programação intensa que incluirá seminários, congressos e cursos. A expectativa é de que as feiras e os eventos paralelos reúnam mais de 10.000 pessoas.

Os números de acidentes de trabalho registrados no Brasil têm sofrido incremento sistemático, a partir da virada do milênio. A conscientização das empresas, que estão notificando os acidentes, e ajustes na legislação que obrigam as empresas a fazerem estes registros estão entre as causas deste aumento.

Mas também há um fator que está ligado à redução das equipes de fiscalização das empresas no que diz respeito ao cumprimento das regras de proteção aos trabalhadores. Lideranças sindicais ligadas aos trabalhadores de todo o Brasil têm denunciado que desde que assumiu, o governo Lula tem priorizado a fiscalização da formalização do emprego, desviando fiscais que deveriam atuar na verificação do cumprimento das regras de SST para atuar como fiscais da formalização do emprego. 
Fonte: Bemparana.com.br

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