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Requião insinua que o MP é omisso

O governador Roberto Requião (PMDB) colocou ontem o Ministério Público Estadual (MP) na sua linha de ataque durante a Escola de Governo, transmitida pela TV Educativa. Mesmo impedido de fazer ataques a instituições pela tevê estatal, o governador insinuou, em tom irônico, que o MP é omisso na apuração do suposto caso de desvio de verbas do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), no fim de 2002.

“O doutor Olympio (procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior) apresentou um projeto na Assembléia Legislativa criando mais 150 cargos de apoio aos nossos procuradores. Teria sido pela falta desses 150 cargos que esse crime contra o erário não foi levado em consideração até agora?”, questionou o governador.

O “crime” a que Requião se refere é o suposto pagamento indevido de R$ 10,7 milhões, pelo DER, para a empreiteira DM, do empresário Darci Fantin. O pagamento se refere a serviços que a empresa DM prestou ao DER e teria sido autorizado pelo então diretor do departamento, José Richa Filho, irmão do prefeito Beto Richa, na gestão do ex-governador Jaime Lerner. Segundo Requião, o dinheiro foi liberado de forma incorreta porque o pagamento já havia sido feito anteriormente. O estado move uma ação contra a construtora para reaver esse dinheiro. O processo corre na 2ª Vara da Fazenda, em Curitiba, e ainda não há decisão sobre o caso.

A suspeita já havia sido levantada pelo goverandor no início de 2007 e foi “requentada” ontem. Requião alega que o valor teria sido usado para o pagamento de dívidas da campanha eleitoral de Beto Richa ao governo do estado em 2002.

“O empreiteiro (Darci Fantin) me procurou para dizer que o dinheiro tinha sido destinado a campanhas eleitorais, que ele não ficou com nenhum centavo”, afirmou Requião na escolinha. Fantin, porém, já desmentiu o governador em depoimento à Justiça e em em nota oficial divulgada à imprensa.

Até hoje, nada em relação a essa acusação foi comprovado. Em junho deste ano, a Justiça do Paraná inclusive determinou que o governador pagasse R$ 40 mil por danos morais ao ex-ministro Euclides Scalco, acusado por Requião de envolvimento no caso.

Ao final da Escola de Governo, Requião anunciou que na escolinha da próxima terça-feira o procurador-geral do estado, Carlos Marés, estará na reunião para tratar novamente do caso. “Na próxima terça-feira Máres fala sobre o dinheiro indevidamente pago ao empreiteiro e porque o Ministério Público não se interessou pelo caso até agora”, adiantou.

A reportagem tentou contatar o procurador-geral de Justiça Olympio de Sá Sotto Maior para comentar as críticas do governo. Mas até o fechamento desta edição ele não havia respondido às ligações.

Fonte: Gazeta do Povo

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