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Confira como repercutiu a decisão do Copom de cortar os juros

A decisão divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar em um ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, surpreendeu o mercado.

A maioria dos analistas e especialistas previa corte mais moderado nos juros nacionais, que agora são de 12,75% ao ano.

Confira abaixo como a decisão do Copom repercutiu entre economistas, agentes do mercado e entidades sindicais e empresariais.


Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)

"Ao reduzir a Selic em um ponto percentual, o Copom demonstra que a política monetária brasileira mudou. E isso não é ruim. Esperamos, entretanto, que esta queda seja o início de um rápido processo capaz de tornar os juros no Brasil equivalentes às taxas praticadas em todo o mundo. O ideal é chegarmos, o quanto antes, a 8% ou 9%. Só assim poderemos ser mais competitivos na economia globalizada."

Shelly Shetty, diretora sênior do grupo de ratings soberanos da agência de classificação de risco Fitch na América Latina

“A queda da inflação e das expectativas de inflação, assim como a desaceleração da atividade econômica de forma mais acentuada do que era esperado proporcionou ao Banco Central flexibilidade para começar o ciclo de relaxamento monetário com um agressivo corte.  Entretanto, o Banco Central precisa se manter vigilante contra os riscos de inflação provenientes do enfraquecimento do Real."


Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP)

“O Banco Central finalmente compreendeu a gravidade da crise. Estamos clamando pela redução dos juros desde quando, no ano passado, ficou evidente que a inflação não ultrapassaria a meta e que a crise atingiria fortemente o Brasil. O importante agora é o Copom sinalizar que este é o início de um ciclo de queda para levar a Selic até uma taxa de um dígito”

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

"A CNI avalia a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em um ponto percentual como sensata e pragmática. Denota a percepção da autoridade monetária em adequar a política monetária aos instrumentos de enfrentamento da crise econômica global e dos seus desdobramentos na economia brasileira, que se mostram mais intensos que o esperado."


Artur Henrique, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

"Diante do necessário, queda de 1% é pouco. Porém, diante do conservadorismo do BC e das pressões do mercado financeiro, que apostava em queda menor, acreditamos que a pressão do movimento sindical contribuiu para o índice anunciado hoje."

Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ

“Hoje, o Banco Central fez o que já deveria ter feito. A redução dos juros básicos baixará a taxa de captação dos bancos. Assim, o custo do dinheiro diminuirá, beneficiando à sociedade."


Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical:

"A queda anunciada hoje pelo Copom é tímida e insuficiente para impulsionar a economia, que passa por um momento delicado. O governo acertou no remédio, mas errou na dose. Os trabalhadores esperavam uma queda de, pelos menos, dois pontos percentuais."

Roberto Troster, ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e sócio da consultoria Integral Trust:

 "Que surpresa boa! Acho que é positivo, dados os indicadores de inadimplência, desemprego, vendas do comércio (que foram fracos nos últimos meses). Foi uma medida acertada. Daqui para a frente (a decisão sobre novos cortes) depende dos indicadores econômicos, de como vai a inflação, o emprego, as vendas, parece que é o início de um ciclo de cortes."
 

Manuel Enriquez Garcia, vice-presidente Conselho Regional de Economia de SP e professor da USP :

 "Eu achava que eles cortariam mais, apostava em 1,25 ponto [...]. Foi uma surpresa saber que o Copom tem três membros muito conservadores e que continuam ignorando a crise (porque a decisão não foi unânime). Aqui a gente ainda tem uma taxa de juros real (descontada a inflação) tão alta, e a pergunta que se faz é: para quê? Para que controlar a inflação se o problema é o desemprego?"

Fonte: G1

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