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Transportadores aceitam proposta e encerram greve

Os trabalhadores de segurança das empresas de transporte de valores aceitaram, nesta sexta-feira (6), uma proposta apresenta pela empregadores e encerraram a paralisação. A greve dos vigilantes, iniciada na segunda-feira (2), impedia que carros-fortes abastecessem agências e caixas eletrônicos. O acordo fixou reajuste de 7% no piso salarial da categoria e no vale refeição.

Os vigilantes de Maringá, no Noroeste, e Foz do Iguaçu, no Oeste, já haviam decidido encerrar a greve antes mesmo do fechamento do acordo. Na capital, cerca de 150 trabalhadores participaram de uma assembleia as 17 horas, em frente a uma empresa de segurança, e aprovaram a proposta do sindicato patronal por ampla maioria.

Os empregadores das transportadoras se comprometeram a voltar ao trabalho imediatamente. Os carros-fortes devem voltar a circular por Curitiba já na manhã de sábado (7). Pelo acordo, os dias parados serão negociados pelos vigilantes com cada empresa. Os trabalhadores terão estabilidade de emprego pelos próximos 90 dias.

Negociação

O Sindicato dos Vigilantes e o Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Estado do Paraná só chegaram a um acordo depois de muita negociação. Pela manhã, foi realizada uma audiência conciliatória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não houve consenso.

Na audiência, trabalhadores e empresas apresentaram novas cláusulas para o acordo. As transportadoras queriam reduzir o piso de salário em 15% para os novos contratados e a retomada da compensação de jornada. Pela proposta, o acordo valeria para os próximos dois anos. Os trabalhadores pediram a inclusão de 14º salário, além de reposição da inflação referente a 2008, em torno de 7%, mais um aumento real de 5%.

Como não houve acordo para por fim a greve, as empresas apresentaram uma nova proposta, desta vez sem a intermediação do TRT. O acordo não prevê redução do piso para os novos contratados, reajuste de 7% e retiraram a exigência de compensação de jornada. Por sua vez, os trabalhadores abriram mão do 14º salário.

Carros-fortes

Desde a quarta-feira (4), um interdito proibitório expedido pela 1ª Vara do Trabalho de Curitiba determina que os grevistas permitam a saída de três veículos de cada uma das cinco empresas que operam na cidade. Com a decisão, as empresas de transporte de valores esperavam amenizar o problema do desabastecimento dos caixas eletrônicos de Curitiba, prejudicado desde a segunda-feira. Mas a solução durou apenas um dia.

Os carros-fortes deixaram de abastecer as agências bancárias novamente na quinta-feira (5) depois que, por determinação do governador Roberto Requião, as equipes da Polícia Militar (PM) que acompanhavam os veículos abandonaram o serviço de escolta do transporte de valores. Para garantir a segurança dos trabalhadores, as empresas decidiram recolher os carros-fortes para as garagens.

Vigilantes bancários

As agências de Curitiba e região estão abertas normalmente para o atendimento ao público a desde a quinta-feira (5). Os vigilantes que fazem a segurança em agências bancárias decidiram, na quarta-feira (4), suspender a paralisação da categoria, depois que aceitaram, em assembleia, a proposta de reajuste de 10% feita pelo TRT em audiência de conciliação.

Em nova reunião conciliatória, na quinta-feira (5), o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR), negou o acordo. Mesmo assim, os vigilantes informaram que não pretendem retomar a paralisação por enquanto. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, os trabalhadores vão esperar o julgamento do Dissídio Coletivo para depois discutir novos rumos para o movimento.

Na tentativa de acordo, o desembargador do trabalho propôs reajuste de 10%, incidentes sobre o piso salarial e o vale alimentação, além de reajuste do adicional de risco, que passaria dos atuais 7,5% para 10% sobre o piso já reajustado. A proposta chega bem próximo dos 12% reivindicado pelos trabalhadores, sendo 7% de reposição da inflação e mais um aumento real de 5%.

De acordo com o TRT, o Sindesp-PR afirmou que 70% das empresas associadas alegaram não poder pagar o valor proposto, em virtude da crise econômica mundial. O sindicato das empresas usou o acordo feito em Goiás para rejeitar a proposta. Naquele estado, a categoria aceitou reajuste de 6,48%. Para o sindicato dos trabalhadores, a realidade econômica em Goiás é diferente do Paraná e por isso não serve de base para análise.

Fonte: Gazeta Online

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