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Crise não é tão grave quanto a Grande Depressão, diz Obama

Em entrevista à rede de TV ABC News nesta terça-feira (10), o presidente dos EUA, Barack Obama, tentou amenizar o quadro sombrio que vinha fazendo há vários dias da economia americana, afirmando que é um momento de "tempestade financeira", mas que não se trata de uma crise tão severa quanto a Grande Depressão dos anos 1930.

De acordo com os trechos da entrevista antecipados pela emissora, Obama disse ainda que o setor bancário precisa de uma dose de firmeza, diante da reação desfavorável da Bolsa de Nova York ao novo plano de estabilização dos bancos, divulgado pelo secretário do Tesouro americano, Tim Geithner.

 
 "Acho que Wall Street espera uma saída fácil, e não existe uma saída fácil", disse Obama. A entrevista completa deve ir ao ar amanhã, no programa Nightline.

Queda da bolsa

Os mercados consideraram o "Plano Geithner" muito complexo em sua estrutura e excessivamente vago em algumas disposições essenciais, o que levou à queda dos indicadores.

"Essencialmente, o que temos é uma série de bancos que não foram tão transparentes quanto precisamos que sejam em relação ao que seus balanços indicam", insistiu o presidente.

Sem comparação

"Penso que, agora, precisamos ter perspectiva. Não estamos indo direto para a Grande Depressão", acrescentou.

"Sei que foram feitas algumas analogias, mas quando (o presidente Franklin Roosevelt lançou seu 'New Deal', em 1933) o desemprego nesses dias era de 30%, frente a 7,5%, ou 7,6%". Ele acrescentou que está tentando "um equilíbrio delicado entre soar alarmista e dar ao público uma visão franca das condições atuais".

"O fato é que não estamos apenas em uma recessão comum, estamos em uma 'tempestade perfeita' de problemas financeiros e, agora, um declínio na demanda global que está resultando na perda de números enormes de empregos, o nível mais baixo de confiança do consumidor que já vimos e o crédito travado", disse o presidente.

Sem sentido

Barack Obama disse ainda que estatizar bancos norte-americanos "não faria sentido", por causa do tamanho do setor financeiro no país.


Ao descrever a atitude de seu governo diante da crise financeira, Obama citou casos anteriores do Japão e da Suécia, mas ressalvou que nenhum deles oferece muita ajuda para resolver a atual crise de crédito. Ele disse que o Japão perdeu uma década "tentando maquiar os problemas", enquanto a Suécia estatizou os bancos.

"Aí está o problema: a Suécia tinha algo como cinco bancos. Nós temos milhares. Você sabe, a escala da economia e dos mercados de capital dos EUA é tão vasta e os problemas relacionados a administrar e supervisionar qualquer coisa daquele tamanho. Nossa avaliação é a de que estatizar não faria sentido", afirmou o presidente.
 
Revolta popular

Indagado sobre o sentimento de revolta popular diante dos bônus generosos pagos aos executivos de Wall Street, o presidente disse que muitos bancos são bem administrados e não deveriam ser tratados da mesma maneira como aqueles que precisam de ajuda do governo.

"O JPMorgan é um bom exemplo. Jamie Dimon, o CEO... Eu não acho que ele deveria ser punido por fazer um trabalho bastante bom ao administrar uma carteira gigantesca", disse o presidente. Para ele, empresas saudáveis deveriam deixar que acionistas e diretores decidam sobre os pagamentos, mas que, no fim das contas, a cultura corporativa precisará mudar.

"Eu espero que vejamos uma mudança na cultura, na qual todo mundo no setor financeiro comece a reconhecer que bônus US$ 100 milhões não são um direito de nascença e que, você sabe, precisamos reconhecer que, se você vai recompensar as pessoas pelo sucesso, você também tem que puni-las por fracassos, e isso não vem acontecendo", acrescentou.

Fonte:G1

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