Portal do SMC - Acesse aqui

Fique Ligado

Comitê analisa situação do mercado de trabalho no PR

Um panorama sobre a real situação do mercado de trabalho paranaense, em tempos de crise financeira mundial, foi apresentado nesta quinta-feira (12) aos membros do Comitê em Defesa do Trabalho e do Emprego. O grupo, formado por centrais sindicais e Governo do Estado, se reuniu para debater ações e políticas de geração de trabalho e renda. Os números divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes) serão ponto de partida para o inicio das atividades do Comitê.

Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, o acompanhamento constante das informações é uma das preocupações do Governo do Estado e deve balizar as ações do grupo. “Semanalmente serão apresentados dados atualizados sobre as demissões, produção industrial e contratações. Assim, poderemos pensar em soluções e alternativas direcionadas para regiões e atividades com características bastante particulares”, explicou ele.

Para Mariano de Matos Macedo, técnico do Ipardes, os indicadores econômicos e sociais vão permitir um combate mais efetivo aos efeitos da crise, que foram sentidos de maneiras diferentes em cada setor da economia. “Hoje sabemos, por exemplo, que os setores com maior número de demissões entre os meses de setembro e dezembro de 2008 foram: fabricação e refino de açúcar, combustíveis, atividades de mão-de-obra terceirizada, indústria de vestuário e de madeira”, contou. “Por outro lado, temos aqueles com os maiores saldos de contratação, que foram comércio, alimentação e supermercados”, completou.

Cid Cordeiro, do Dieese, acrescenta ainda que os números mostram as regiões do Estado que mais sofreram impactos e mapeiam os efeitos da crise. “No quarto trimestre do ano passado, o Noroeste respondeu por 8% do total de postos de trabalho fechados no Paraná. O Norte Pioneiro foi responsável por 3%. Isto significa que é preciso viabilizar instrumentos que amenizem os impactos da crise com base nas realidades de cidades com determinados perfis”, disse.

AÇÕES: O secretário da Fazenda, Heron Arzua, adiantou que vai propor ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) medidas semelhantes à ideia do governador Roberto Requião, que vincula incentivos fiscais à geração e manutenção de empregos pelas empresas, principalmente em relação ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

“É necessária a provação unânime dos 26 Estados da Federação e mais do Distrito Federal. Achamos uma tarefa difícil, mas é preciso usar todos os instrumentos possíveis para a manutenção dos postos de trabalho formais”, afirmou. “No Paraná, temos a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que os deputados estaduais apresentaram na Assembleia Legislativa por sugestão do governador, e vamos repensar toda legislação do Estado no sentido de gerar empregos”, acrescentou.

Zenir Teixeira, diretor da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), afirma que as centrais sindicais estão organizando uma mobilização em apoio à lei proposta pela liderança do Governo.“Apoiamos está iniciativa do governo e não vamos admitir empresas que demitem o trabalhador em função da crise. Estamos trabalhando junto com o Estado na garantia do emprego e do trabalho”, completou.

O diretor da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza, lembrou que o impacto da crise reflete não só no trabalhador, mas no empresariado e no governo, por isso as ações devem ser conjuntas e rápidas.

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), Sérgio Athayde Silva, defende a importância de se criar políticas de mobilização, como seminários sobre as ações do comitê e os efeitos da crise nas principais cidades do Estado. “Seria importante organizar dois tipos de ventos para o dia 1º de maio. O primeiro com mobilização centrada em Curitiba e outro em Foz do Iguaçu com a intenção de se construir um Comitê Latino Americano de Combate a Crise”, afirmou.

GERAÇÃO DE EMPREGO: De acordo com o secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Ênio Verri, o grupo deve criar ações de defesa e, principalmente, de geração de empregos formais. Ele citou as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como alternativas para criar vagas de trabalho. “Nosso objetivo não é somente a construção de estradas e casas, mas também empregar a população local nas obras que são realizadas em suas cidades”, garantiu.

Juvenal Cim, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) no Paraná, acredita que é preciso chamar os empresários para participar. “Minha sugestão é que se trabalhe com ações baseados em parecer profissional. Só assim vamos alcançar nosso objetivo: garantir emprego para todos”, disse.

Além de aumentar a oferta de postos de trabalho, o presidente da União Geral dos Trabalhadores do Paraná (UGT-PR), Adir de Souza, defendeu medidas que resgatem a dignidade do trabalhador. “É necessário combate à má qualidade de condições de serviço. É preocupante o número de acidentes de trabalho registrados pelo Paraná. Com o esforço de cada um de nós podemos melhorar tudo”, frisou.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.