Os metalúrgicos da Renault-Nissan e da Volkswagen decidiram na manhã desta terça-feira manter a greve que começou no início deste mês. São 8500 metalúrgicos que estão de braços cruzados. Em uma nova reunião, não houve acordo salarial entre a empresa e os empregados. Segundo o diretor do Sindicato, José Roberto Athayde, a proposta apresentada pelas empresas está longe do pedido dos grevistas.

De acordo com o sindicalista, as montadoras podem apresentar novas propostas de negociações a qualquer momento. Todos os dias o Sindicato realiza assembleia para definir se a greve continua.

No final da manhã, um grupo de grevistas esteve na frente do Ministério do Trabalho para protestar contra a falta de acordo. A mesma proposta de negociação foi apresentada pela Renault, mas não houve acordo novamente. De acordo com o diretor de Recursos Humano da Renault-Nissan, Roberto Magni, a greve atrapalha a imagem da empresa, dificulta as negociações e ainda prejudica a filial brasileira.

Nesta terça, os 2600 mil metalúrgicos da unidade da Volvo também decidiram entrar em greve. A unidade fica São José dos Pinhais, na região metropolitana. A empresa ofereceu reajuste salarial de 6,53%, o que representa aumento real de 2%, mais um abono de R$ 2 mil, ambos para outubro, além da garantia de estabilidade de todos os operários até o começo de dezembro. O sindicato dos trabalhadores pede aumento real de 5% e abono de R$ 2 mil já em setembro, elevação do piso salarial para R$ 1,5 mil, aumento do vale-mercado de R$ 60 para R$ 120 e garantia de estabilidade até o dia 31 de dezembro.

Fonte: CBN