O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho), considerou a decisão dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros inalterada em 8,75% “uma ironia”. “Com esta decisão desastrosa, perdemos uma ótima oportunidade de fomentar e estimular o setor produtivo, melhorando as perspectivas de crescimento para o próximo ano”, afirma em nota.

Segundo Paulinho, o País continuamos com uma taxa de juros que “asfixia a produção, inibe o consumo e, consequentemente, a abertura de novos postos de trabalho”, um erro estratégico que poderá causar impacto negativo no desempenho da economia no primeiro semestre de 2010.

“O final de ano merecia uma notícia mais animadora. Manter a taxa básica de juros nos patamares atuais não é das melhores. Apesar do processo de queda observado ao longo do ano – que para nós já era tímido – a taxa brasileira continua alta demais”, comentou o presidente da CUT, Artur Henrique.

Dívida - O sindicalista lamentou que o movimento de queda dos juros tenha sido interrompido, mesmo diante de uma inflação absolutamente sob controle e da necessidade do País de gerar mais empregos e diminuir o gasto com a rolagem da dívida pública.

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o atual cenário econômico brasileiro permite que a taxa de juros seja reduzida. “A Selic tem que cair bem mais. As quedas ocorridas ao longo desta ano não são suficientes. Lamentamos mais uma vez que o Banco Central continue impedindo um crescimento mais robusto do Brasil”, declarou.

Fonte: Agência Sindical