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Agências do Trabalhador têm oferta recorde de vagas no PR

Na última sexta-feira, as 252 unidades da Agência do Trabalhador no Paraná chegaram a oferecer, simultaneamente, 15,4 mil vagas de emprego em todo o estado – o maior número registrado desde que esse tipo de informação começou a ser apurado, há 32 anos. O total muda a cada instante, conforme a retirada ou inclusão de vagas no sistema, mas no fim da tarde de ontem as ofertas de trabalho ainda passavam de 15 mil.

“No ano passado, era muito difícil chegar a 10 mil”, conta Angela Carstens, coordenadora de intermediação de mão de obra da Secretaria de Estado do Trabalho (SETP). No acumulado dos 15 primeiros dias de 2010, outro recorde: empresas do Paraná ofereceram 18 mil vagas por meio da Agência, 50% a mais que as 12 mil registradas no mesmo período de 2009, diz Angela.

Para ela, esse movimento reflete, em parte, a reabertura de postos fechados durante os piores momentos da crise econômica – crise que, no ano passado, derrubou a geração de empregos formais para o pior nível desde 2003. Mas a principal motivação para a oferta recorde, diz Angela, está no otimismo dos empresários em relação à economia. “A demanda, principalmente da indústria, aumentou muito. Outro setor que tem forte procura por trabalhadores é a construção civil, que ainda sofre os efeitos de ter ficado tanto tempo estagnada e tem dificuldade para encontrar pessoal qualificado.”

Dados consolidados sobre contratações saem apenas no fim do mês, mas o movimento nas agências do estado indica que gente procurando emprego também não falta. Há até quem apele para que os candidatos compareçam ao longo da semana, e não apenas às segundas ou terças-feiras, quando as agências costumam estar lotadas.

“Em janeiro do ano passado, tínhamos 13 funcionários no atendimento ao público. Neste ano, são 30. Convocamos até funcionários em férias, e mesmo assim a espera por atendimento chega a duas horas e meia, no começo da semana”, explica o secretário em exercício de Indústria e Comércio de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), Adilson Stuzata.

A estudante Francieli de Jesus da Silva aproveitou a quarta-feira, dia mais tranquilo, para procurar trabalho – e conseguiu marcar entrevista para hoje. “É uma vaga para caixa de supermercado, em São José. Espero que seja vaga para trabalho à noite, pois neste ano eu começo faculdade, e as aulas são pela manhã”, diz Francieli, que vai cursar Design de Moda na Pontifícia Universidade Católica (PUCPR).

Em São José, cerca de 10 mil pessoas procuraram trabalho desde o começo do ano, 30% a mais que no início de 2009, ao passo que a oferta aumentou 10%, para pouco menos de 2 mil vagas. Em Ponta Grossa (Campos Gerais), o número de vagas subiu 27%, para 1.080 até ontem, segundo o diretor da agência local, Antônio Laroca Neto. Na agência de Curitiba, há 5,8 mil postos em aberto, 32% a mais que a média diária observada um ano atrás, conta o gerente da unidade, Rafael Aurélio dos Santos. “E ainda há trabalho temporário relativo à Páscoa. Na terça-feira, uma única empresa abriu 480 vagas para promotora de vendas em supermercados.”

Outras cidades têm aumento ainda mais expressivo. Em Maringá (Norte do estado), a oferta mais que dobrou. Foram quase 900 vagas até ontem, diz Maurílio Mangolin, diretor da Agência do Trabalhador da cidade. “A maior oferta é da construção civil. Mas quem está contratando mais é a indústria de alimentos, que tem grande rotatividade de trabalhadores e geralmente não exige qualificação na área”, explica o diretor.

O mercado de trabalho de Araucária, na Grande Curitiba, segue no embalo da ampliação da Repar, a refinaria da Petrobras. Até o fim de fevereiro, a expectativa é que os consórcios envolvidos na obra abram pelo menos 1,2 mil vagas – no momento, há mais de 8 mil pessoas no canteiro. “Não é raro ver gente escolhendo trabalho, aguardando ofertas de salário melhor”, conta o secretário municipal do Trabalho, Nilton Campos.

Fonte: Gazeta Online

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