De olho no emprego, sindicalistas pedem rigor nas importações
Sindicalistas metalúrgicos ligados à CUT e à Força Sindical reuniram-se, na terça-feira (27), com o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, para cobrar medidas contra a importação de peças e máquinas usadas. Há dois temores entres os sindicalistas: o primeiro, e de mais impacto, é o desemprego em dois setores que ocupam muita mão de obra; o segundo é a desindustrialização, com a chegada de maquinário do exterior.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, ligado à Força Sindical, critica: “Estão importando maquinário velho, verdadeiras sucatas, a preço baixo, enquanto o Brasil tem condições de produzir maquinário muito melhor, mais moderno e mais seguro”.
Carlos Grana, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) pede medidas emergenciais. “O governo deve agir já, com medidas emergenciais que reduzam as importações de máquinas e equipamentos, ferramentas e autopeças novas e usadas. O crescimento dessas importações foi muito grande e isso pode comprometer os empregos no setor”.
Segundo Grana, o ministério havia se comprometido em importar apenas equipamentos usados e sem similaridade com produtos nacionais. “Mas isso não vem acontecendo. Por isso, exigimos que o governo assuma um compromisso com os trabalhadores brasileiros, favorecendo a indústria nacional”.
Emprego - Segundo Miguel Torres, dos Metalúrgicos da Capital, os impactos destas importações têm fortes implicações sociais. “Podemos perder pelo menos 50 mil empregos. Mas não é exagero dizer que 100 mil postos de trabalho estão ameaçados em toda a cadeia produtiva”, argumenta.
Mais informações:
Miguel Torres (11) 3388.1003 ou Carlos Grana (11) 4122.7700
Fonte: Agência Sindical