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Brasil planeja explorar riquezas no fundo do mar

O Brasil recebeu nesta semana, pela primeira vez, uma autorização da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba, em inglês) para realizar pesquisa e exploração de minérios numa área no Atlântico Sul, localizada além das águas jurisdicionais do país. A região é vista por geólogos como um potencial “pré-sal da mineração”, tendo em vista sua capacidade exploratória, principalmente de cobalto, níquel, platina, manganês e tálio e telúrio, estes dois últimos da categoria terras-raras, mais valiosos. Contudo, a exploração econômica de jazidas no fundo do mar ainda é cara e seu retorno, incerto.

“A realidade da exploração efetiva da mineração de águas profundas é uma fronteira tecnológica. Não se sabe quando começaremos, mas as produções de minério no mundo são quase todas no continente. No ritmo em que isso ocorre, você vai ter de procurar minério em algum momento no único lugar que restar, que é o fundo do oceano”, disse Manoel Barreto, diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que enviou a proposta ao Isba.

Enquanto a atividade mineral não vira realidade, pedidos de registro servem literalmente para o país demarcar território. Além do Brasil, ganharam da Isba direito de explorar áreas internacionais Índia, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Ilhas Cook e Cingapura. O pedido tinha sido feito no fim do ano passado pelo CPRM.

Com o aval do Isba, o Brasil poderá explorar uma área de 3 mil quilômetros quadrados – o maior tamanho possível de concessão – na Elevação do Rio Grande, a 1,5 mil quilômetro da costa brasileira. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o plano é pioneiro no Atlântico Sul e há a possibilidade de cooperação internacional. Na proposta enviada ao Isba, o Brasil se dispôs a investir US$ 11 milhões nos primeiros cinco anos da concessão, que tem duração de 15 anos.

“Temos a concessão para estudar o fundo do mar e podemos avaliar o ambiente, envolvendo água, minerais, seres vivos e não vivos. Não é só atividade de mineração que faremos, há biotecnologia a ser descoberta.”

Segundo Barreto, o CPRM faz pesquisas também em região mais ao norte, além do arquipélago de São Pedro e São Paulo, para enviar outro pedido de exploração aos Isba. Antes da aprovação da área do Elevado do Rio Grande, o CPRM gastou cerca de R$ 60 milhões em pesquisas na região, desde 2009.

Preservação

David Zee, professor de oceanografia da UERJ, diz que a exploração do fundo do Atlântico Sul pelo governo tem de ser acompanhada de um cuidado com a preservação do ambiente marinho. “O Brasil tem de construir tecnologia para chegar até lá e ao mesmo tempo ter cuidados com a prevenção, para que isso seja feito de maneira que não existam efeitos colaterais negativos.”

Fonte: Agência Brasil

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