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Futuro: inflação é o grande temor, controlá-la é a solução

Depois de ter adotado uma política mais ortodoxa no primeiro mandato para segurar a inflação, o Governo Luiz Inácio Lula da Silva agora parte para uma receita de mais crescimento econômico. Mas, diante dos gargalos de infra-estrutura e logística e de uma expansão do crédito, o segredo agora é evitar que este crescimento se traduza em inflação, preocupação deste fim de 2007.

A alta de preços deve ficar abaixo do aumento de 5% previsto para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Em busca da calibragem ideal entre o ritmo de atividade econômica e o aumento do custo de vida, o Banco Central (BC) estará no centro das atenções no primeiro semestre de 2008. Taxa de crescimento de 5% ou mais, alertam analistas, só será viável se for acompanhada de investimentos vultosos, que dêem fôlego para que a economia apresente saltos maiores do PIB sem pressionar os preços.

Para o economista do ABN Amro Cristiano Souza, o ideal em 2008 será crescer em torno de 4%. Essa taxa impediria a aceleração dos índices de preços, embora estejamos crescendo acima disso: 5,2% em 2007, afirma Souza. Ele destaca que a economia continuará aquecida em 2008. E lembrou que, ainda no primeiro semestre, os efeitos da trajetória de queda de juros - interrompida em outubro deste ano, quando o BC manteve a Selic em 11,25% ao ano - continuarão se refletindo nos mercados. No primeiro trimestre do ano que vem, as discussões sobre a possibilidade de o BC aumentar os juros vão esquentar, prevê o economista.

Newton Marques, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), afirma que qualquer crescimento acima de 5% é perigoso. Para isso, são necessários investimentos de pelo menos 22% do PIB, enquanto hoje a média é de 18%. Um crescimento desse porte requer mais energia elétrica, condições de transporte, mão-de-obra qualificada, insumos e ampliação da capacidade produtiva, diz o acadêmico.

O economista-sênior do Unibanco Asset Management, Luciano Costa, prevê uma taxa entre 4,3% e 4,5%, que ele considera confortável. A situação preocupa, pois a folga está no limite, alerta Costa. O consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Júlio Gomes de Almeida acredita que a causa das causas do aumento da inflação no país é a acentuada elevação dos preços dos alimentos e do petróleo no mundo.

Sobre a hipótese de o Banco Central aumentar os juros, Almeida adverte: Eu não mexeria em nada a curto prazo, embora a situação inspire cuidados. Uma alta nas taxas de juros faria com que os empresários revissem suas projeções de crescimento.

A despeito dessas pressões inflacionárias, especialmente dos alimentos, o Ministério da Fazenda não vê motivo de preocupação.

Fonte: DIAP

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