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Copel compra ações da empresa Sanedo

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) comprou ontem as ações da empresa francesa Sanedo (ex-Vivendi) dentro do grupo Dominó, que comanda hoje a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) junto com o governo do Estado. A Copel já possui 15% das ações no grupo e passa a ter 45% das ações a partir de agora. O negócio custou R$ 110.226.000,00 milhões. A compra é um dos capítulos da briga travada entre a Dominó - que possui cadeiras estratégicas na Sanepar - e o governo do Estado. Com 45% das ações, a Copel passa a ter poder de veto e voz nas decisões do grupo.

A notícia não foi bem recebida pela bancada de oposição ao governo na Assembléia Legislativa, que desde o final do ano passado questiona o processo de compra das ações. A oposição entrou com uma ação popular contra o processo na 3 Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas e no último dia 18 de dezembro obteve uma liminar que obrigou a Copel a suspender a negociação até o julgamento do mérito (da ação popular). A Copel recorreu e no último dia 29 de dezembro o juiz convocado Eduardo Sarrão, da 5 Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, suspendeu os efeitos da liminar.

Um dos advogados da oposição no caso, Gustavo Guedes, informou que até a próxima segunda-feira apresentará argumentos à 5 Câmara Cível. Ele enfatizou que considera ''absurda'' a compra das ações antes do julgamento do mérito da ação popular. ''Foi uma atitude absolutamente temerária. Eles deveriam ter esperado o julgamento do mérito. E se o negócio tiver que ser desfeito? Estamos falando de milhões'', criticou ele.

A oposição questiona, entre outras coisas, que tal negociação deveria ser autorizada pelo plenário da Assembléia Legislativa. A oposição também afirma que a lei 14.286, de 2004, impede a compra das ações, pois define que uma operação do tipo só seria possível se a Copel, a partir daí, se tornasse majoritária no grupo.

O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, afirmou que a companhia realizou ''um ótimo negócio''. ''A transação se deu por valores inferiores às nossas análises, que consideraram o valor de mercado das ações e o fluxo de caixa descontado'', disse ele. O diretor de finanças e de relações com investidores da Copel, Paulo Roberto Trompczynski, afirmou que a recente queda na cotação internacional do euro também teria ''barateado'' a compra. ''Nossa oferta para a aquisição das ações da Sanedo mais a sua parte no caixa da Dominó (isto é, 42,495 milhões de euros, o equivalente a R$ 111,894 milhões em outubro, quando a Copel apresentou sua proposta à Sanedo) seria convertida em reais no dia da formalização da operação'', detalhou.

A intenção do governo do Estado é comprar a totalidade das ações do grupo. A Sanedo ofereceu suas ações a todos os integrantes da Dominó (além da Copel, as empresas Daleth e Andrade Gutierrez) em junho do ano passado.

Fonte: Folha de Londrina

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