A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) divulgou nesta terça-feira, na agência de notícias do governo do estado, que a média de veículos furtados e roubados em Curitiba está em 16,6 por dia. Segundo a Sesp, desde 1991 vêm sendo registradas quedas no número de ocorrências – entre 2003 e 2007, a redução teria sido de 37,14%. A diminuição pode ter motivado a Secretaria a tornar os dados públicos, já que em relação a outros crimes (como homicídios, cujos números vêm aumentando, segundo o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal da Saúde) não há qualquer estatística oficial.

De acordo com a Sesp, 6.079 veículos foram roubados ou furtados em Curitiba no ano passado, contra 6.734 em 2006 (média de 18,4 por dia). Em 2005, a média teria sido de 23,6 ocorrências diárias, num total de 8.625 carros. Em 2004 teriam sido registrados 8.867 casos (média 24,3 por dia), e 9.672 em 2003 (média de 26,5). Em relação à frota de veículos, em 2007 a porcentagem de furtos e roubos foi de 0,6% (seis casos para cada grupo de mil veículos). Em 1991, a porcentagem era de 19.

O delegado Itiro Hashitani, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, atribui a queda à integração com a Polícia Militar e à intensificação da fiscalização em desmanches ilegais. “O foco é desestimular o comércio de peças roubadas. O consumidor deve exigir nota fiscal, para saber a procedência da peça”, afirmou. O delegado ressaltou que nem todos os desmanches são ilegais. “O problema são os desmanches que cometem crimes.” Nesses casos, segundo ele, a delegacia comunica a ocorrência ao Detran e à prefeitura de Curitiba. De acordo com o delegado, o índice de recuperação de veículos é de 50% na capital.

O diretor-executivo do Sindicato das Seguradoras do Paraná e do Mato Grosso do Sul, Ramiro Fernandes Dias, disse que o índice de recuperação cai entre carros segurados (cerca de 22% do total da frota curitibana). “O índice de recuperação fica entre 34% e 35%”, afirmou. Segundo ele, a queda nas ocorrências ajudou a diminuir o valor do seguro em até 14% na cidade.

Na mira

Os modelos mais visados para furto – quando o crime sem a presença do dono – segundo Dias são Gol e Uno. Os mais roubados – levados mediante assalto, por causa de sistemas de segurança – são Audi e Golf. De acordo com Itiro Hashitani, entre as regiões da cidades mais problemáticas estão Centro, Água Verde, Bigorrilho e Juvevê.

Uma das regiões com alto índice era o Jardim das Américas. “Há quatro ou cinco meses, um ou dois veículos eram roubados por dia”, comentou o tesoureiro do Conselho Comunitário de Segurança do bairro, Pedro Forcadell. “Reduziu por causa do trabalho da Polícia Militar e da participação da comunidade.”

Fonte: Gazeta Online