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Dieese: preço dos alimentos deveria elevar salário mínimo

Nesta segunda-feira (5), o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) divulgou os dados referentes à Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada mensalmente em 16 capitais brasileiras, onde os preços dos alimentos básicos subiram no último mês. Segundo o Dieese, com a cesta básica atual, o mínimo deveria ser R$ 1.918,12.

Os maiores aumentos cocorreram em Fortaleza (7,84%), Belo Horizonte (6,95%), Brasília (6,67%), João Pessoa (6,51%), Belém (6,40%) e Curitiba (6,37%). Já os menores aumentos ocorreram em São Paulo (1,73%) e Goiânia (1,97%).

O forte aumento verificado na capital mineira fez com que Belo Horizonte registrasse o maior custo para os produtos básicos: R$ 228,32. Apesar de São Paulo ser a cidade onde houve a menor elevação, sua cesta foi a segunda mais cara, com o valor de R7,81. Porto Alegre teve o terceiro maior valor (R$ 226,78). Os menores custos foram apurados em Recife (R$ 172,18), Aracaju (R$ 173,29) e Salvador (R$ 176,66).

Com base no custo apurado para a cesta em Belo Horizonte, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

A forte alta dos produtos essenciais fizeram com que o salário mínimo necessário correspondesse, em abril, a R$ 1.918,12, o  que representa 4,62 vezes o piso em vigor (R$ 415). Em março, o mínimo necessário equivalia a R$ 1.881,32, ou seja, 4,53 vezes o piso. Em abril de 2007, a relação entre o mínimo vigente e o necessário era bem menor que o atual, pois o valor de R$ 1.672,56 correspondia a 4,40 vezes o piso oficial (R$ 380).

Variações acumuladas

Todas as 16 capitais apresentaram variação acumulada positiva nos quatro primeirosmeses de 2008. Os maiores aumentos foram apurados em Fortaleza (19,25%), João Pessoa (16,64%) e Rio de Janeiro (14,29%). As menores altas acumuladas ocorreram em Aracaju (1,24%) e Goiânia (2,29%).

Os aumentos acumulados em 12 meses – de maio de 2007 a abril último – são muitoexpressivos e bastante superiores ao reajuste de 9,21% concedido, este ano, ao salário mínimo. As principais elevações foram verificadas em Belo Horizonte (29,79%), João Pessoa (28,87%) e Natal (25,92%). Porto Alegre (13,91%) e Aracaju (15,18%) registraram as menores variações acumuladas.

Cesta x salário mínimo

O grande aumento da cesta básica, principalmente no período anual – caso em quetodos os percentuais foram bem superiores à revisão do salário mínimo - implicou a necessidade de realização de maior jornada média para aquisição dos produtos essenciais.

Dessa forma, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou cumprir, em abril, uma jornada de 106 horas e 57 minutos para adquirir estes bens. Este tempo de trabalho é superior ao exigido em março (102 horas e 16 minutos). Em comparação a abril de 2007 a diferença é de quase 11 horas, pois o tempo necessário correspondia a 96 horas e 07 minutos.

A mesma diferença pode ser verificada quando se compara o custo da cesta com osalário mínimo líquido, ou seja, após o desconto equivalente à Previdência Social. Em abril, a aquisição exigiu 52,84% do rendimento líquido, contra 50,53%, em março e 47,31%, em abril de 2007.

Fonte: DIAP

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