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Cana-de-açúcar supera hidrelétricas na matriz energética

A cana-de-açúcar ultrapassou as hidrelétricas na matriz energética brasileira em 2007, só ficando abaixo do petróleo e derivados. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em entrevista à imprensa, quando apresentou os dados preliminares referentes ao consumo de energia no ano passado.

Os dados do Balanço Energética Nacional (BEN) englobam todas as atividades, incluindo os transportes, o consumo industrial e a geração elétrica. O aumento da participação da cana na matriz energética resultou, principalmente, do crescimento do consumo de álcool/etanol no sistema de transportes.

Segundo a EPE, o petróleo e seus derivados continuam sendo a principal fonte de geração de energia no País, especialmente devido ao sistema de transportes. Essa participação era de 37,8% do total de energia consumida no País em 2006 e caiu para 36,7% no ano passado. Já os produtos de cana-de-açúcar (bagaço e etanol) ampliaram a participação de 14,5% em 2006 para 16,0% no ano passado. As hidrelétricas, por sua vez, reduziram a participação de 14,8% para 14,7% no total.

A participação da lenha e carvão vegetal ainda é relevante, mas registrou queda de 12,7% em 2006 para 12,5% em 2007, segundo a EPE. O gás natural também perdeu importância relativa (caiu de 9,6% para 9,3%), enquanto o carvão mineral ampliou a presença de 6,0% para 6,2%. Já o urânio viu a sua participação cair de 1,6% para 1,4%, enquanto "outras renováveis" ampliaram a presença de 2,9% para 3,1%.

Tolmasquim acentuou que o aumento na participação da cana-de-açúcar na matriz energética é "uma boa notícia", já que isso indica um aumento no grupo das energias renováveis. "O Brasil é um dos países com maior participação de energia renovável em todo o mundo", destacou. Na média mundial, as energias renováveis representam cerca de 12,7% do consumo mundial, sendo que nos países ricos (integrantes da OCDE) essa participação chega a 6,2%. "No Brasil, a participação era de 44,9% e subiu para 46,4%, o que indica uma das melhores relações no mundo", complementou.

Segundo a EPE, a oferta de energia no País em 2007 atingiu 239,4 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP), o que corresponde a uma variação de 5,9% em relação ao observado em 2006. O aumento ficou apenas ligeiramente acima dos 5,4% da variação do Produto Interno Bruto (PIB) o que, na avaliação de Tolmasquim, indica que o País está mais eficiente no uso de energia. "Para produzir uma mesma quantidade de produto, o Brasil está consumindo menos energia", explicou.

Fonte: Estadão

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