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Siderúrgicas deverão dobrar capacidade de produção de aço até 2015

A indústria siderúrgica estima que a capacidade instalada do setor poderá dobrar até 2015, acompanhando o ritmo crescente do consumo interno, que crescerá em proporção semelhante nesse tempo. A estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) prevê que o parque produtivo tem possibilidades de chegar a 80,6 milhões de toneladas na metade da próxima década. Atualmente, tal capacidade é de 41 milhões de toneladas.

O consumo aparente --consumo interno, excluindo as importações -- projetado para 2015 é de 39,8 milhões de toneladas. No ano passado, não passou dos 22 milhões de toneladas. A estimativa do IBS leva em conta projeções do mercado que indicam crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) de 4% anuais. Se for levado em conta a estimativa da Formação Bruta de Capital Fixo (que mede a taxa de investimento) em 21,5% do PIB em 2015, o consumo aparente de aço será de 43,3 milhões de toneladas.

"O crescimento previsto é baseado em um mercado interno forte. Há uma expectativa otimista, apoiada em indicadores mais fortes", afirmou o vice-presidente do IBS, Marco Polo de Mello Lopes.

O IBS considera que, em 2015, os novos projetos já definidos no setor darão ao país uma capacidade instalada de 63,1 milhões de toneladas, mediante investimentos de US$ 32,9 bilhões. Há ainda 17,5 milhões de toneladas em estudo, que seriam oriundas de unidades que ainda terão a construção definida. Com eles, os investimentos saltariam para US$ 45,7 milhões. Lopes frisou que a maior parte desses projetos será voltada para o mercado doméstico.

Política industrial
O executivo do IBS elogiou a nova política industrial do governo, anunciada na última segunda-feira. Lopes ressaltou que as medidas surpreenderam, e poderão proporcionar o incremento de diversos setores, atingindo, indiretamente, o setor siderúrgico.

"Há tempos que se reivindicava medidas que proporcionassem isonomia competitiva", avaliou.

Lopes disse ainda que os investimentos previstos pelo setor siderúrgico foram definidos anteriormente, independentemente da nova política industrial ou do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Ele salientou que os investimentos na siderurgia exigem visões de longo prazo, destacando que 70% dos projetos já definidos estão "deslanchando".

Inflação
A ameaça de um quadro inflacionário mais forte não preocupa Lopes. Para ele, a questão ainda não é significativa para reduzir o otimismo em relação ao futuro da economia brasileira.

Ele frisou ainda que, no plano internacional, a crise do setor financeiro americano parece não preocupar tanto quanto há alguns meses. Lopes ressaltou que o mercado siderúrgico continua forte, baseado em outras economias.

"Sob a ótica externa, estamos otimistas, e sob a ótica do Brasil, temos condições efetivas, por conta do crescimento dos setores intensivos em aço, de que nós possamos ter um retorno de crescimento sustentado para o país", completou.
Fonte: Folha Online

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