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Indústria paranaense mantém nível elevado de contratação

A indústria paranaense segue contratando mão-de-obra. Em abril, na comparação com abril do ano passado, o aumento foi de 2,1%, resultado do desempenho positivo de 11 dos 18 setores pesquisados.

O destaque ficou com a indústria de máquinas e equipamentos, que aumentou em 24,2% o número de trabalhadores.

Apesar do resultado positivo, a indústria do Paraná apresentou desempenho abaixo da média nacional (2,6%). Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outros setores que se sobressaíram foram a indústria de alimentos e bebidas - intensiva em mão-de-obra -, com aumento de 3,3%, e a de meios de transporte (montadoras de veículos), com crescimento de 8,6%.

De acordo com a economista Denise Cordovil, da Coordenação da Indústria do IBGE, esses três ramos se destacaram também em nível nacional. “No caso do Paraná, o crescimento da indústria de máquinas e equipamentos pode estar refletindo o bom momento da agroindústria”, comentou a economista, referindo-se à fabricação de maquinários agrícolas. Na outra ponta, os resultados negativos vieram da indústria do vestuário - com queda de 8,5% no saldo de empregos -, madeira (-3,2%) e borracha e plástico (-5%).

No acumulado do ano (janeiro a abril), o emprego industrial do Paraná avançou 2,8%, pouco abaixo do resultado nacional que foi de 3%. Dos 18 setores pesquisados, 11 tiveram desempenho positivo, com destaque para a indústria de máquinas e equipamentos (crescimento de 28%), meios de transporte (10,1%) e alimentos e bebidas (2,5%). Por outro lado, reduziram o quadro de funcionários as indústrias do vestuário (-6,4%), de borracha e plástico (-5,1%) e da madeira (-1,6%). No caso do vestuário e da madeira, o câmbio atual, que prejudica as exportações e incentiva as importações, é o principal fator das demissões.

Folha de pagamento
A folha de pagamento real - já descontada a inflação - na indústria paranaense aumentou 7,7% em abril na comparação com abril do ano passado: resultado melhor do que a média brasileira, que ficou em 6%. Mais uma vez, a indústria de máquinas e equipamentos foi responsável pelo principal impacto positivo, com incremento de 38,9%. Em seguida, aparecem as indústrias de alimentos e bebidas, com crescimento de 6,1%, e papel e gráfica (9,6%). Na outra ponta, registraram queda a indústria da madeira (-10,8%), têxtil (-25,9%) e minerais não metálicos (-2,5%).

No acumulado do ano, a folha de pagamento real cresceu 7,1% na indústria do Paraná contra 6,3% na média do País. Os destaques foram a indústria de máquinas e equipamentos (crescimento de 35%), alimentos e bebidas (4,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos (15,4%).

Vendas industriais
As indústrias do Paraná registraram aumento real de 15,66% nas vendas nos quatro primeiros meses de 2008 em comparação a igual período do ano passado. O resultado é conseqüência do desempenho positivo de 12 dos 18 gêneros pesquisados. O índice foi divulgado ontem pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

O gênero que mais cresceu no período foi máquinas e equipamentos, com alta de 40,54%, seguido de couros e calçados (38,88%) e veículos automotores (32,79%). As principais quedas no período foram registradas nos gêneros edição e impressão (-25,22%), móveis (-17,27%) e material eletrônico e de comunicações (-11,71%). Para a Fiep, a disponibilidade de crédito e o bom desempenho da agricultura e, em conseqüência, da agroindústria, têm sido os fatores determinantes para a boa performance das vendas industriais.

Queda aponta para estabilidade
Na comparação com março, o emprego na indústria nacional caiu 0,2%. Para o IBGE, responsável pela pesquisa, a queda “precisa ser relativizada” diante de resultados positivos anteriores e dos aumentos registrados nas comparações com iguais períodos de ano anterior.

O emprego havia crescido 0,7% em março ante fevereiro e iguais 0,7% em fevereiro ante janeiro. Para o economista André Macedo, da Coordenação de Indústria do IBGE, queda apurada em abril não anula os ganhos anteriores. Ele explicou que a variação de 0,1% na média móvel trimestral da ocupação na indústria no trimestre encerrado em abril comprova que o mês aponta um cenário ‘muito mais de estabilidade do que reversão de tendência’. Macedo argumentou, ainda, que o emprego acumula alta de 3% no primeiro quadrimestre deste ano ante igual período do ano passado e de 2,7% no período acumulado de 12 meses até abril.

Segundo Macedo, tanto no caso do emprego quanto da folha real, os segmentos vinculados à produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens de consumo duráveis são os que apresentam maior contribuição positiva. Na comparação com abril do ano passado, o aumento de 2,6% na ocupação industrial foi puxado especialmente por máquinas e equipamentos (11,2%) e meios de transporte (11,3%, inclui indústria automobilística).

No caso da folha, as principais contribuições positivas na comparação com igual mês do ano passado foram dadas também por meios de transportes (12%) e máquinas e equipamentos (9,9%).
Fonte: Paraná Online

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