Bosch investe na segunda geração do motor flex
A Robert Bosch prepara a segunda geração de motores flex, que permitem ao carros utilizarem álcool ou gasolina para rodar. A nova geração, que será lançada em 2009, vai dispensar o tanquinho de gasolina necessária para a partida a frio.
O novo sistema também será mais eficiente. Segundo o vice-presidente da empresa, Besaliel Botelho, no caso de um carro com motor 1.0, o consumo de combustível e as emissões de poluentes serão reduzidas entre 10% a 15% em relação ao sistema atual.
O sistema bicombustível da Bosch equipa carros da Peugeot exportados para a Europa e a empresa negocia o fornecimento da tecnologia para outros mercados. "Reduzir o consumo de combustíveis e buscar novas tecnologias é o objetivo das empresas no mundo todo", diz Andreas Nobis, que assumirá a presidência da Bosch brasileira em julho.
A Bosch deve investir este ano R$ 108 milhões em novos produtos e principalmente no aumento da capacidade produtiva nas quatro fábricas do grupo no Brasil para evitar gargalos no fornecimento às montadoras. A fábrica de Campinas (SP), a maior do grupo, opera atualmente em três turnos, seis dias por semana.
No período de 2003 a 2007 foram investidos mais de R$ 1 bilhão, ressalta o presidente da companhia, Edgar Silva Garbade. No dia 1º, Garbade vai se aposentar, após mais de 30 anos na Bosch, e será substituído pelo alemão Nobis, que já presidiu a filial do grupo na Turquia e na Índia.
Nobis informa que a empresa ampliará as linhas de produtos de segurança, como a de freios ABS. Inaugurada no ano passado em Campinas, a única fábrica desse componente no Brasil deverá dobrar sua capacidade em 2009, para cerca de 250 mil unidades.
A Bosch brasileira emprega atualmente 12 mil funcionários e faturou R$ 4 bilhões em 2007, o equivalente a 5% dos resultados mundiais da companhia.
Fonte: Agência Estado