
Audiência Pública do MPT debate Atos Antissindicais
Na reunião, o procurador Alberto Emiliano deixou claro que a posição do MPT é a busca do fortalecimento do movimento sindical neste momento de ataque aos trabalhadores
Com o auditório do MPT lotado para participar da Audiência Pública sobre Atos Antissindicais na manhã da última quarta-feira (20), o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto deixou claro que a posição da entidade neste momento de ataque aos trabalhadores e seus direitos é buscar o fortalecimento do movimento sindical.
Segundo o procurador, a base das ações antissindicais é justamente o ataque a quem protege o trabalhador e defende os seus direitos. Por isso, é importante evitar o desgaste das categorias e o enfraquecimento dos seus sindicatos, porque quem perde com esse enfraquecimento são os próprios trabalhadores.
“Muitas categorias estão sendo reduzidas a pó com os ataques antissindicais. Os metalúrgicos, por exemplo, estão sofrendo os impactos da terceirização e da criação de outros sindicatos que dividem sua base”, o que, de acordo com o procurador, é muito prejudicial.
Quanto maior a divisão, menor a mobilização e quanto menor a mobilização, menor a conquista!
“Se queremos barrar a Reforma Trabalhista, precisamos de sindicatos fortes e só teremos sindicatos fortes se tivermos dirigentes e entidades livres para trabalhar e representar as suas categorias”, finalizou o procurador.
Os metalúrgicos da Grande Curitiba estiveram presentes na Audiência e também destacaram a importância do fortalecimento dos sindicatos para os trabalhadores.
“A gente tentou mostrar nessa Audiência Pública que é preciso alinhar uma proposta de representação uniforme nas categorias. É um bom debate esse das ações antissindicais, mas não podemos ficar somente nele. A gente não percebe que, às vezes, o próprio movimento sindical faz esse papel, criando sindicatos e dividindo as categorias. Por isso defendo que nós temos que nos atentar a isso e fortalecer as entidades sindicais para que elas possam ser mais representativas. Se conseguirmos isso, nós teremos mais força para lutar contra as atitudes antissindicais denunciadas nessa Audiência”, explica Sérgio Butka, presidente dos metalúrgicos da Grande Curitiba.
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