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Metalúrgicos da Volvo relembram 10 anos da maior greve na montadora no mundo

Nesta segunda-feira (02/06), o SMC esteve na porta de fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) para relembrar e conscientizar os trabalhadores do 1º e do 2ºturnos sobre os dez anos da maior greve na montadora já registrada em todo o mundo.

Os diretores sindicais entregaram aos metalúrgicos o jornal A Voz do Metalúrgico alusivo a mobilização histórica. Clique aqui e confira a edição digital. Além do material impresso, com a cronologia da luta, o Sindicato também relembrou o fato nas redes sociais(insta/face).

Diretores sindicais entregam o Voz alusivo a greve histórica

A greve é sintetizada no editorial do presidente do SMC, Sérgio Butka, que ressalta “É com orgulho que o Sindicato faz questão de lembrar as lutas da sua história centenária. É preciso que os trabalhadores saibam que todos os direitos, benefícios e condições de trabalho que possuem hoje não vieram de graça”.

O presidente do SMC, Sérgio Butka, na assembleia que marcou a vitória dos trabalhadores

Reação rápida e união

Trabalhadores mantiveram a unidade do início ao fim da greve

A greve aconteceu devido às ameaças de demissões. No dia 08/05/2015 os 2.500 trabalhadores do chão de fábrica da Volvo cruzaram os braços após a Volvo anunciar a demissão imediata de 600 trabalhadores do setor. Ainda pela proposta, a empresa transferia as demissões para o final do ano caso os trabalhadores aceitassem a redução de 50% no valor da PLR (em 2014, a PLR foi de R$ 30 mil).

A partir do início da greve, a empresa tentou desmobilizar os trabalhadores com o apoio dos funcionários administrativos para tentar interferir nas votações do chão de fábrica, cortou o vale-mercado, cortou o adiantamento salarial e entrou com ações judiciais, mas sem sucesso.

Os metalúrgicos da Volvo ficaram 24 dias paralisados para lutar em defesa dos seus empregos. Até que no dia 01/06/2015 a empresa cedeu e os trabalhadores conquistaram o acordo que garantia a preservação dos empregos. Os trabalhadores mantiveram a data-base e o valor de R$ 30 mil para o PLR, com adiantamento de R$ 8 mil para a primeira parcela.  A luta histórica dos metalúrgicos da Volvo se tornou uma referência para o movimento sindical mundial.

Orgulho em ter participado

O vice-presidente do SMC, Nelson Silva de Souza, mais conhecido como “Nelsão da Força, tem 45 anos de história na Volvo e foi um dos diretores sindicais que participaram da greve de 2015, juntamente com os demais companheiros da comissão de fábrica e do Sindicato.

Ao chegar hoje na porta da fábrica ele relembrou a greve histórica. "São dez anos da maior mobilização aqui na Volvo para manter 600 postos de trabalho e para discutir uma PLR do zero ao infinito. Parecia um sonho para nós, mas mantivemos todos os empregos e todos os benefícios. A nossa PLR chegou no ano passado à maior PLR do Brasil. Esse ano a primeira parcela foi paga em 29/05 em R$ 21 mil.

Leandro Guerra, diretor do SMC, também participou da greve há dez anos e esteve na porta de fábrica nesta segunda-feira para relembrar da greve histórica. "tínhamos vale mercado de R$ 60 e hoje esta em R$ 1.400. Os trabalhadores tinham PLR de 1,5 a 2,5 salários. Com muita luta e garra, os trabalhadores conseguiram PLR de zero ao infinito, temos os melhores acordos, um bom plano de saúde e de cargos e salários. Isso devido à nossa grande história da greve na Volvo do Brasil".

Nelsão da Força reforçou: "Nós temos o melhor plano de saúde, farmácia, associação, transporte, refeitório e representação interna dos dirigentes sindicais. Representa a questão econômica, social, diversidade, da mulher, do negro e para nós o presidente Sergio Butka a maior mobilização das montadoras pesadas foi aqui no Brasil, aqui na Volvo, a luta por um PLR que é igual para todos, uma PLR que chega a R$ 46 mil, um vale-mercado que era de R$ 60 e hoje chega a R$ 1.400, com respeito e dignidade. Queremos que a empresa tenha lucro e produza, mas queremos manter o emprego e manter todos os ganhos", concluiu.

 

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