
Cidadãos de curitiba realizam neste domingo (02), protesto contra a lei da terceirização sancionada por temer
Manifestação acontece na Boca Maldita, centro da cidade, há partir das 15h
Cidadãos curitibanos realizam amanhã (02), na Boca Maldita, centro da cidade, um protesto contra a lei da terceirização sancionada pelo presidente Michel Temer, na última sexta-feira (31). A convocação do ato está sendo realizada através das redes sociais e do watsapp, onde os manifestantes pede à população que traga suas famílias e amigos para participar do ato pacífico, que está previsto para iniciar às 15h. A manifestação tem o apoio das Centrais Sindicais, movimentos sociais e demais instituições da sociedade civil organizada como o movimento “Todos contra o fim da Aposentadoria”, cuja página no Facebook, possui mais de 440 mil curtidores.
“Não resta dúvida que liberar a terceirização de forma indiscriminada vai precarizar a situação dos trabalhadores e da economia do país, já que os números provam que terceirizados ganham menos e tem direitos reduzidos. É uma vergonha o empenho do governo para acabar com os direitos trabalhistas, situação que não vai ter efeito nenhum na economia. Enquanto penaliza os trabalhadores, não mexe um dedo nos privilégios da elite política e empresarial, mantidos com dinheiro público ”, diz Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Paraná.
As Centrais e os demais movimentos estarão entrando em contato com Fórum Paranaense de Combate à Terceirização, formado, entre outras entidades, pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e o Ministério Público do Trabalho, para estudar a possibilidade de entrar com recursos alegando a inconstitucionalidade da nova lei.
Diante da gravidade da situação, novas manifestações poderão acontecer não só em Curitiba como em todo o país. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) está em contato com mais de 150 Sindicatos filiados para programar atos ainda esta semana.
Terceirização = precarização
Diversas entidades, como o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) são unânimes em afirmar que ampliar a terceirização vai precarizar ainda mais aas relações trabalhistas.
Segundo vários estudos, divulgados pelo Dieese e o próprio Ministério Publico, os trabalhadores terceirizados ganham 30% menos do que o trabalhador formal . Além disso:
- 8 de cada 10 trabalhadores acidentados no ambiente de trabalho são terceirizados, segundo o Dieese
- terceirizados ficam 2,6 anos a menos no emprego
- o terceirizado tem jornada semanal de 3 horas a mais sem considerar horas extras ou banco de horas
- benefícios como PLR, abono, vale mercado, são reduzidos ou inexistentes
Menos terceirizados, mais empregos
Segundo o Dieese, se a jornada dos trabalhadores terceirizados fosse igual à jornada de trabalho daqueles contratados diretamente, seriam criadas cerca de 801.383 vagas de trabalho a mais, novamente, sem considerar a hora extra, banco de horas e o ritmo de trabalho, aponta o estudo de 2014. No setor bancário, a cada 100 trabalhadores terceirizados, com jornadas de 44 horas semanais, são cerca de 47 empregos a menos gerados.
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